A maior demanda de álcool pode elevar as encomendas de navios para a segunda fase do Programa de Revitalização e Expansão da Frota da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras. A diretoria da empresa já trabalha com a perspectiva de contar com mais de 20 embarcações para a nova etapa do programa, que deverá ser lançada no último trimestre deste ano - a estimativa anterior era de 16 petroleiros.
Na primeira fase já foram encomendados 23 navios de um total de 42 embarcações programadas. Os créditos aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somam R$ 4,79 bilhões. Além do álcool, o novo planejamento estratégico da Petrobras prevê a ampliação da produção de petróleo e, por isso, das encomendas de navios.
Para concretizar esses projetos, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, insiste em concluir negociações para reduzir a cotação do aço no Brasil nos próximos meses. "Sem baixar o preço não se constrói nenhum navio", diz o executivo. "Por isso, é preferível pagar menos pelo aço no exterior. Não dá para inviabilizar um programa como esse por causa do valor." Segundo Machado, pagar mais pelo produto compromete a competitividade da logística internacional da Petrobras para o etanol.