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Caged mostra a criação de mais 1,247 milhão de empregos nos últimos 12 meses

Por Caged - Assessoria de Comunicação social - Publicado 01 de março de 2007


Em janeiro de 2007 foram gerados no Brasil 105.468 empregos com carteira assinada, um incremento de 0,38% em relação a dezembro de 2006, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados,  (Caged) divulgado nesta quarta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Em números absolutos, o resultado é o segundo melhor da série histórica para esse mês, menor apenas que o de janeiro de 2005, quando foram criados 115.972 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, 1.247.538 empregos celetistas foram gerados no país.

O ministro afirmou que o resultado é bastante satisfatório e pode indicar crescimento da economia e dos níveis de emprego ao longo do ano. Ele considera, ainda, que o número de vagas abertas em 2007 deve ser maior que em 2006. "Esperamos que o desempenho de janeiro se mantenha nos meses seguintes e nós possamos, de fato, estar em uma rota de aceleração do crescimento", disse Marinho.

Os setores de atividade que mais contribuíram para esse desempenho positivo foram Serviços, Indústria de Transformação e Agropecuária. O maior crescimento foi no setor de Serviços, com 47.315 postos de trabalho a mais no mês passado. Já a Indústria da Transformação apresentou o maior saldo da série histórica do Caged para janeiro, com 39.118 novos empregos. O ministro explicou que o bom desempenho da Indústria de Transformação, por sua capacidade de influenciar na geração de empregos e renda em outros setores, pode ser considerado um indicativo do desempenho da economia para o ano. Segundo ele, embora ainda seja cedo para fazer previsões, este é um segmento que dita a tendência da economia. "Se isto se transformar em uma tendência é a garantia que o bom desempenho da economia no ano levará a uma maior geração de empregos", afirmou Marinho.

O ministro considera que a discussão das medidas do PAC, que visam o crescimento da economia, estimula novos investimentos do setor privado. Ele destacou que o governo está oferecendo ao Congresso a oportunidade de discutir medidas que dizem respeito ao crescimento e desenvolvimento, de forma que o país possa iniciar a transição para um processo de crescimento mais acelerado. "O simples fato de deixarmos de discutir somente inflação, câmbio, juros, de estarmos discutindo desenvolvimento, já motiva os diversos setores", ressaltou o ministro.

O desempenho da Agropecuária - com 17.239 novas ocupações - foi o melhor para esse mês, apesar de estarem em curso duas sazonalidades opostas: uma negativa, com o fim do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste, e outra positiva, no Centro-Sul do país, com a retomada de contratação pela agricultura permanente e da cana-de-açúcar, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. O saldo de novos empregos foi superior aos resultados registrados em janeiro de 2006 (+ 7.953 postos) e de 2005 (+ 4.060 postos).

Na Construção Civil, o saldo foi de 11.708 novos postos. O Comércio teve desempenho negativo, com 9.899 empregos a menos, resultado esperado e associado à dispensa de funcionários após as festas de fim de ano. Mesmo com o desempenho negativo, o segmento do Comércio ligado à venda de material de construção é uma exceção, com a abertura de 4.824 novas vagas.

Entre as regiões do país, houve expansão no nível de emprego no Sudeste (+ 68.425 postos), Sul (+ 38.173 postos) e Centro-Oeste (+ 22.006 postos) e redução no Nordeste (- 22.265 postos) e Norte (- 871 postos). O desempenho desfavorável do Nordeste está relacionado a fatores sazonais negativos vinculados à agroindústria da cana-de-açúcar e do comércio varejista.

Os estados com maior número de empregos gerados foram São Paulo (+ 59.172 postos), Rio Grande do Sul (+ 14.920) e Santa Catarina (+14.389). Por terem economia fortemente ligada ao setor Agropecuário, os estados de Pernambuco (- 9.722), Paraíba (- 6.403) e Ceará (-4.356 postos) registraram queda no nível de emprego.

Nas nove principais Áreas Metropolitanas, foram criados 28.424 postos, o que representa um crescimento de 0,25%. Em janeiro, a elevação do emprego nesses aglomerados urbanos foi menor que nas cidades não metropolitanas (+ 49.410 postos), pelos efeitos sazonais positivos do agronegócio nos municípios não metropolitanos do Centro-Sul do país. Entre as Regiões Metropolitanas, São Paulo foi a que mais se sobressaiu, ao gerar 22.244 postos (+ 0,47%).

 

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