Os participantes do evento chegaram à conclusão de que a sustentabilidade do crescimento será resultado da vontade política e de ações convergentes com este objetivo. O êxito exige a união das forças políticas da Nação em torno de uma agenda comum, modernizadora e de longo prazo. O corte dos gastos públicos e os investimentos em infra-estrutura estão entre as propostas apresentadas na Carta da Indústria. O documento destaca que o Brasil avançou em algumas áreas nos últimos anos. Entre as principais conquistas, está a redução da taxa de juros e da oferta de crédito, o que melhorou as condições do financiamento no país. Também houve avanços na área de incentivos à inovação, na universalização da educação básica e nos instrumentos de apoio à inovação.
Os empresários avaliam que áreas decisivas para a manutenção do ritmo de crescimento da economia, como relações do trabalho, desburocratização, infra-estrutura e meio ambiente, não registraram nenhum avanço. "Essas áreas permanecem como obstáculos ao maior desenvolvimento do país", afirma a Carta da Indústria.
O pior, no entanto, foram os retrocessos registrados com a elevação dos gastos públicos e da carga tributária. "O aumento do gasto público acima da expansão da economia é insustentável. Representa crescente asfixia da sociedade e dos setores produtivos, cada vez mais submetidos a uma carga tributária que limita o consumo e a produção", destaca o documento final do ENAI.
Para superar os desafios, segundo os empresários e dirigentes sindicais, é fundamental o alinhamento das diversas forças políticas em torno de objetivos comuns. Para possibilitar o crescimento sustentável do país, é preciso um esforço coletivo dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), das organizações empresariais, dos trabalhadores e das demais entidades da sociedade civil.