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CNI apoiará a implementação de novas diretrizes dos currículos de engenharia em 2020

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 16 de dezembro de 2019

O grupo de trabalho da CNI também realizará rodadas regionais

A elaboração de um documento de referência para que as universidades brasileiras implementem as mudanças na base curricular dos cursos de engenharia será uma das prioridades do Grupo de Trabalho das Engenharias/STEAM da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao longo de 2020.

Em abril, o governo federal homologou as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Engenharia e deu um prazo de três anos para que as graduações já existentes implementem as novas normas.

O grupo de trabalho da CNI também realizará rodadas regionais para a discussão das novas diretrizes com empresas e instituições de ensino e buscará identificar obstáculos para a sua implementação. A agenda de trabalho inclui ainda a divulgação de boas práticas de interação entre universidades e empresas nos cursos de graduação em engenharia, tal como foi feito neste ano.

“Para que o Brasil seja mais inovador, é fundamental que haja mais interação entre universidades e empresas”, disse a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio.

As prioridades para 2020, bem como um balanço das ações de 2019, foram apresentadas nesta sexta-feira (13), em São Paulo, durante reunião do grupo de trabalho.

Gianna afirmou as prioridades para 2020 incluem ainda a elaboração de um estudo de benchmarking para o fortalecimento do trabalho em STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologias, Engenharias, Arte e Matemática) nas escolas do Brasil. A ideia do grupo de trabalho é contribuir para a promoção dessa abordagem no Brasil, além de levantar e divulgar iniciativas nessas áreas realizadas por empresas da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

O reitor do Centro Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), Fábio do Prado, disse que, a partir do diálogo iniciado no GT das Engenharias em 2016, foi possível criar um núcleo forte o suficiente para contribuir com as discussões no Conselho Nacional da Educação (CNE).

“Estamos hoje dentro do Conselho Nacional da Educação com uma grande contribuição para a reestruturação das diretrizes curriculares da Engenharia, pensando fortemente em como implantar essas diretrizes e em como garantir a implementação das inovações ali pretendidas”, disse.

Ele ressaltou que o objetivo do grupo de trabalho é trazer ganhos para o país. Estamos fazendo um diálogo para que formemos estudantes preparados para o mercado, para que indústria receba profissionais capacitados e para que o governo possa estar bem estruturado para criar políticas públicas”, afirmou.

BALANÇO DA MEI – Durante a reunião, Gianna considerou que o balanço de 2019 é positivo para a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), com avanço no diálogo com os poderes Legislativo e Executivo. Ela citou, por exemplo, a realização da primeira reunião conjunta entre a MEI e a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, em novembro, e a entrega do Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial, pela CNI, ao presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (11). “Este ano foi muito desafiador para a MEI e para a CNI – está sendo –, mas o balanço do ano é positivo. Apesar de o ano ter sido intenso e desafiador, a gente avançou no que diz respeito ao diálogo com o governo”, disse Gianna.

Dentro desse processo de diálogo, a diretora afirmou que a MEI entregará ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), até 20 de janeiro de 2020, contribuições para a criação de uma Política Nacional de Inovação. “É uma oportunidade de colocarmos nossas prioridades, o que entendemos que uma política deve conter”, afirmou.

SOBRE O GRUPO DE TRABALHO – O Grupo de Trabalho das Engenharias foi criado pela MEI em 2016, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino de Engenharia no Brasil. Esse grupo é coordenado pelo vice-presidente de Tecnologia da Embraer, Mauro Kern, e conta com a participação de representantes de empresas como Festo, Dassault, Akaer e Vale. A partir de 2019, a educação STEAM passou a fazer parte das preocupações do grupo, que passou a chamar-se Grupo de Trabalho das Engenharias/STEAM.

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