Criado para promover o crescimento sustentável, reduzir desigualdades e ampliar o poder de economias emergentes no cenário internacional, o BRICS é liderado pelo Brasil em 2025. A Aliança Empresarial de Mulheres (WBA, na sigla em inglês), secretariada neste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é um dos grupos de discussão do mecanismo e teve seu primeiro encontro nesta quinta-feira (23). A presidência brasileira da WBA apresentou às integrantes estrangeiras e brasileiras o plano de trabalho para este ano.
Assim como o BRICS, seus grupos de discussão têm presidência rotativa, exercida pelo governo do respectivo país pelo período de um ano. Em 2025, enquanto o governo brasileiro preside o mecanismo internacional, a CNI exerce o secretariado executivo tanto do Conselho Empresarial do BRICS (Cebrics) como da WBA – com coordenação da agenda, ações e apoio à presidência brasileira.
O intuito da Aliança é promover a participação econômica feminina e fomentar a cooperação entre negócios liderados por mulheres. Formado por nove países membros – Brasil, África do Sul, Rússia, Índia, China, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã –, o grupo alinha agora a entrada do mais recente membro, a Indonésia.
WBA aposta na liderança feminina para fortalecer BRICS
Liderada em 2025 pela consultora executiva da CNBC Brasil, Mônica Monteiro, a WBA conta com seis grupos de trabalho: Saúde, Desenvolvimento Inovador, Economia Inclusiva, Indústrias Criativas, Turismo Segurança Alimentar e Ambiental. Para a executiva, o grupo tem papel estratégico no desenvolvimento dos países membros do grupo.
“O BRICS é o equilíbrio que o mundo precisa hoje. As mulheres representam conciliação e unidade em tempos de extremismo. Somos a oportunidade de mudar o mundo e fazer a diferença, e entraremos no coração das pessoas por meio dos negócios”, disse a presidente da WBA Brasil.
A sherpa do Cebrics e da WBA Brasil, Constanza Negri, reforçou o compromisso da presidência brasileira de implementar iniciativas tangíveis e de curto prazo, como a promoção de negócios e os projetos de desenvolvimento socioeconômico, e metas de longo prazo, com o avanço de recomendações políticas e o fomento à cooperação internacional.
“Os objetivos principais e a agenda da WBA estão fortemente alinhados com a agenda da CNI e seus esforços para capacitar economicamente as mulheres e promover sua participação nos negócios", afirmou Negri.
O tema estabelecido pela liderança brasileira é Construindo Pontes Globais: Mulheres Fortalecendo a Integração Econômica do BRICS, e o trabalho será realizado em quatro frentes:
Promoção de negócios
Encontros para promover negócios entre empresas lideradas por mulheres
Nova edição do concurso de startups femininas do grupo (competição para identificar e promover essas empresas nos países membros)
Elaboração de recomendações
Reuniões virtuais dos grupos de trabalho do BRICS
Entrega de recomendações de políticas públicas aos chefes de Estado
Projetos de cooperação
Execução de projetos de economia criativa
Integração de novos membros
Confirmação e garantia de engajamento das equipes dos novos países membros do BRICS
Encontro é agenda do Fórum Nacional da Mulher Empresária
A reunião inaugural da WBA Brasil faz parte das agendas do Fórum Nacional da Mulher Empresária (FNME), coordenador pela CNI. O grupo brasileiro representa empresas, federações de indústrias, associações setoriais e redes, conselhos e câmaras empresariais de mulheres. As profissionais atuam para propor estratégias, ações e recomendações para acelerar o movimento pela paridade de gênero no país e dentro das indústrias.
Às representantes de empresas brasileiras presentes, a coordenadora do FNME, Danusa Lima, enfatizou a importância da participação de lideranças femininas em um momento estratégico. “Nosso ano terá muitas agendas relevantes, e em cada um desses eventos precisaremos da força das representantes femininas brasileiras”, disse.
Além da presidente e da sherpa da WBA Brasil, participaram do encontro híbrido desta quinta-feira (23) a secretária-executiva do grupo, Ludmila Carvalho, representantes dos países membros e lideranças femininas do Brasil.