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Coagro discute oportunidades e desafios da agroindústria na COP30

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 31 de julho de 2025

Integrantes do Ministério das Relações Exteriores e especialistas da CNI participaram da reunião para abordar agendas internacionais sobre Mudança do Clima


A 2ª reunião ordinária do Conselho Temático da Agroindústria (Coagro) de 2025 foi marcada pelo debate sobre os preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém (PA), em novembro deste ano, e sobre os impactos do tarifaço americano.   

O encontro, realizado nesta quarta-feira (30), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi presidido pelo vice-presidente do Conselho, Pedro Robério, e contou com a presença da gerente de Estratégia e Competitividade da CNI, Maria Carolina Correia; da ministra chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério de Relações Exteriores (MRE), Grace Tanno; e da diplomata e segunda secretária de carreira do MRE, Adriana Gabinio.   

 As representantes do governo federal explicaram como funcionará o debate sobre as mesas de negociações relacionadas à agricultura, um dos principais temas transversais da conferência.     

A ministra Grace Tanno comentou sobre os desafios e as oportunidades para a agroindústria brasileira na agenda internacional da COP30. Segundo ela, o Brasil é frequentemente demandado a se posicionar sobre sustentabilidade nas agendas internacionais de comércio. “A agroindústria brasileira tem todos os recursos para sair à frente nas discussões, com capacidade e tecnologia necessárias para mostrar como a agricultura sustentável pode ser uma grande aliada à competitividade e, também, para uma economia de baixo carbono”, afirmou.  

Para Adriana Gabinio, o mundo encontra-se em um momento de negociações específicas sobre adaptações climáticas e segurança alimentar. Gabinio ressaltou que o assunto foi iniciado durante a COP 27, no Egito, com a instalação do Grupo de Trabalho Conjunto sobre Agricultura e Segurança Alimentar (Grupo de Sharm el-Sheikh - SSJWA) e, agora, necessita de avanços multilaterais nas negociações climáticas.     

“A COP segue em um momento de negociações climáticas e o nosso objetivo agora é avançar em nossos compromissos como melhorias no monitoramento do Acordo de Paris, além do estabelecimento de metas mais ambiciosas para conter o aquecimento global, com destaque para o financiamento climático e a transição energética. Lembrando que a Agricultura está em todas as salas de negociações e o Brasil é chamado a se posicionar”, disse Gabinio.

 

SB COP30  

O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, apresentou as estratégias empresariais da CNI para a COP30. Bomtempo explicou a atuação da aliança global, a Sustainable Business COP30, liderada pela CNI e formada por empresas, instituições e parceiros estratégicos mundiais. A SB COP30 busca elaborar recomendações aos líderes governamentais para as negociações da COP30 para o desenvolvimento de uma agenda climática positiva. Ele destacou que a CNI conseguiu tornar a SBCOP uma iniciativa oficial da COP, para que continue nos próximos anos com lideranças das chambers locais.  `

“O nosso objetivo é que o setor produtivo faça parte das discussões sobre as mudanças climáticas. Queremos mostrar como as empresas brasileiras estão contribuindo para o baixo carbono. A SB COP vem para criar uma coalizão empresarial, a nível nacional e internacional, uma iniciativa única de convocação do setor privado global para avançarmos em uma agenda climática positiva que dure além da COP30”, concluiu Bomtempo.   

Impactos do tarifaço na agroindústria   

  Para a atualização do cenário sobre os impactos do "Tarifaço" americano e as estratégias do Brasil para a competitividade da agroindústria, estiveram presentes na reunião do Coagro o diretor adjunto de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, Mario Sergio Telles; e a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.     

Constanza Negri destacou a importância da atuação da CNI no levantamento e monitoramento de dados na área de comércio exterior, principalmente sobre as relações que envolvem os Estados Unidos. Mario Sergio Telles comentou sobre o processo de investigação da Seção 301 da Lei de Comércio americano e confirmou a realização de uma missão empresarial dos industriais a Washington, já nas próximas semanas, para as tratativas de interesse comercial.  

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