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Desenvolvimento limpo abre portas do mercado internacional para o Brasil

Por Portal da Indústria - Publicado 22 de agosto de 2007

O Brasil pode aumentar a participação no mercado internacional de Mecanismos de Desenvolvimento Limp

O Brasil pode aumentar a participação no mercado internacional de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). "O Japão tem interesse em comprar créditos de carbono. Para cumprir as metas do Protocolo de Quioto, os japoneses investirão em países como o Brasil, considerados grandes detentores de biodiversidade", afirmou a gerente de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Grace Dalla Pria Pereira, no Fórum de Cooperação Ásia do Leste – América Latina (Focalal).

Ela afirmou que a CNI espera formalizar uma parceria com os japoneses na área de tecnologias limpas e avançadas. "Queremos propor um protocolo de intenções para desenvolver projetos na área de desenvolvimento limpo. A CNI é protagonista na execução desses projetos."

O diretor-geral e conselheiro especial do Mecanismo de Quioto do JBIC, banco japonês de cooperação internacional, Takashi Hongo, também esteve no seminário e falou sobre a parceria entre o JBIC e o Unibanco. Os dois bancos trabalharão juntos em uma linha de crédito especial voltada à produção limpa. "Esse é um grande desafio para todos nós", disse. Hongo demonstrou interesse em estabelecer parcerias entre os dois países, unindo governo e setor privado em ações de preservação do meio ambiente.

Segundo Grace, o Protocolo de Quioto permite que os países signatários cumpram a meta de redução das emissões de poluentes, compensando a poluição com investimentos em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo de outros países. "O compromisso de redução da emissão de gases não precisa ser realizado no país. Ao Japão interessa os créditos de carbono previstos no Protocolo. Ao Brasil, interessa a tecnologia que os japoneses têm a oferecer."

O Japão é um dos signatários do Protocolo de Quioto, que propõe a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa até 2012. O país tinha a meta de reduzir os gases poluentes em 6% e já superou o resultado em dois pontos percentuais.

Foto:www.arcelor.com.br

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