O alcoolismo, sem dúvida, é uma doença. Associada à tristeza e à solidão, transforma-se em um mal grave. Segundo pesquisadores, é algo que provoca perdas e dependência hereditária.

Se, de um lado, o alcoolismo é representado como uma "doença do indivíduo", de outro, é uma "doença da família", pois interfere diretamente nas relações familiares.

 

Considerar os alcoolistas como pessoas com todas as suas potencialidades, e não apenas como alcoolistas/dependentes, que necessitam de ajuda, parece-nos um caminho promissor. Estratégias terapêuticas que induzem à substituição da dependência química pela "dependência divina" é um aspecto que deve ser privilegiado nas discussões daqueles que se ocupam dessa temática e dos profissionais que estão envolvidos com as próprias políticas públicas de saúde.

 

Esse é o objetivo da Clínica de Reabilitação Fazenda do Sol, localizada às margens da BR 230, em Campina Grande, na Paraíba. Hoje, a clínica oferece tratamento, gratuito a 45 usuários de várias partes do Estado. São homens com faixa etária diversificada, de todas as classes e o mesmo problema: o vício. O mais comum entre eles é a bebida.

 

Há nove anos, a comunidade terapêutica oferece, gratuitamente, aos usuários atendimento médico, psicológico e espiritual. ”Repensar a complexidade da dependência de drogas como uma atitude desprovida de preconceitos, distorções e medos, esse é o nosso maior desafio”, afirmou Ednaldo Francisco, Coordenador da Fazenda do Sol.

 

Ciente da importância desse trabalho, o empresário Francisco Buega Gadelha, Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP – trocou a tradicional festa de aniversário, no dia 07 de janeiro, por uma ação solidária. A comemoração, realizada em um dos restaurantes de Campina Grande, substituiu os presentes pela responsabilidade social. Em vez de embalagens chamativas, o grupo de amigos do empresário ofereceu a Buega Gadelha doações para a Fazenda do Sol. O objetivo é a construção da Capela Nossa Senhora da Esperança. “Receber presentes é muito bom, sem dúvida. Mas investir nas pessoas é muito melhor. Acredito nesse trabalho, porque ele transforma dependentes em eficientes”, disse Buega.

 

 

ESPERANÇA - Na áurea época dos descobrimentos portugueses havia várias devoções muito difundidas em Portugal, sendo uma delas a de Nossa Senhora da Esperança. Devoção bem antiga, pois já no século X existia, na França, um santuário dedicado a essa invocação mariana, na cidade de Mezières.

Como tal devoção chegou a Portugal, não SE SABE. É certo que uma imagem de Nossa Senhora da Esperança "presenciou" a descoberta do Brasil. E, portanto, desde o nascimento desta nova nação na família de países católicos, a Virgem da Esperança lhe dedicou um olhar de afeto e proteção.

 

Tudo começou da seguinte maneira. O descobridor Pedro Álvares Cabral tinha em sua residência uma imagem da Virgem da Esperança e, em sua viagem "às Índias", levou-a consigo. Assim, ela aportou no Brasil na nau cabralina. Hoje ela se encontra na cidade de Belmonte, numa capela onde supõe-se que ele foi batizado.