O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) informou ontem, 22/08, que o governo vai reduzir impostos e ampliar o acesso ao crédito para a indústria e sua cadeia produtiva, especialmente as com maior capacidade de geração de emprego e que tenham capacidade de estimular outros setores da economia.

Essa desoneração fará parte da reformulação da política industrial que deverá ser anunciada até o final de setembro, segundo Miguel Jorge. "Quanto maior capacidade multiplicadora, mais importante será o setor no processo de política industrial", afirmou o ministro.

Miguel Jorge citou o setor automotivo, a indústria naval e a de eletroeletrônicos, a inovação tecnológica e os semicondutores como os segmentos que serão beneficiado por essa nova política industrial.

A política industrial é planejada pelo Ministério do Desenvolvimento com participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). A previsão é que seu anúncio ocorra até o final de setembro.

As medidas que serão anunciadas beneficiarão também os setores que são competitivos no exterior ou que possam ganhar competitividade.

Jorge acrescentou ainda que será dado foco no planejamento de longo prazo e que as desonerações serão feitas no investimento. "O imposto tem que ser cobrado a partir do momento em que se começa a produzir ou na venda do produto."

Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é importante que essa política seja focada no aumento do investimento e que a instituição será o braço executor das diretrizes que estão em formulação.

"Vamos forcar no investimento. No aumento da formação de capital do conjunto do setor produtivo, especialmente da indústria, de forma a ampliar o número de empregos, renda e a competitividade externa", afirmou.