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Indústria Brasileira investe em Educação de Qualidade

Por Diego Araújo com Agência CNI - Publicado 18 de outubro de 2007

O Mapa Estratégico da Indústria ( - 2015), referência a Educação como um pilar para o desenvolviment

O Mapa Estratégico da Indústria ( - 2015), referência a Educação como um pilar para o desenvolvimento sustentável do Brasil, fonte de crescimento e uma das bases da elevação da produtividade.

Baseado nessa compreensão o programa Educação para a Nova Indústria, apresentado pela Confederação Nacional da Indústria e desenvolvido, e executado pelo SESI e SENAI em todo o país, foi construído de forma confederativa, de modo a integrar e articular a mobilização de parceiros e recursos em prol do mesmo objetivo. O programa significará um incremento de cerca de 30% no atendimento à educação profissional pelas redes do SESI e SENAI, e investimentos de R$ 10,45 bilhões e a oferta de formação básica e profissional.

A indústria brasileira vem realizando um notável esforço para sua inserção nos padrões competitivos do mercado global. Esse movimento é marcado pela acelerada incorporação de tecnologias à produção, processo que incentiva a inovação nos vários segmentos da atividade econômica. As mudanças em curso estimulam novos formatos organizacionais e provocam alterações no ambiente industrial.

O setor produtivo requer trabalhadores cada vez mais capacitados e qualificados. Disso decorre a necessidade de identificar quais as competências dos perfis profissionais desenhados para atender às novas demandas da indústria. O processo não é estanque, mas de grande sinergia: assim como a educação contribui para o avanço da indústria, esta, por sua vez, retribui provocando mudanças no ambiente educativo.

A qualificação dos trabalhadores nas diferentes regiões do País contribui para a estruturação de uma indústria melhor distribuída em seu território. Assim, deve ser considerada como importante elemento de uma política de desenvolvimento regional, orientada para tornar a indústria brasileira de classe mundial. O programa que apresentamos é arrojado e significa uma importante contribuição do Sistema Indústria ao desenvolvimento sustentável do País.

O Programa Educação para a Nova Indústria é uma resposta às forças transformadoras identificadas pela indústria e tem foco em dois eixos, Educação Básica e Continuada, sob a responsabilidade do SESI e Educação Profissional, sob a condução do SENAI, e tem como metas atingir 16,2 milhões de matrículas no período 2007-2010, sendo 7,1milhões na educação básica e continuada e 9,1 milhões em educação profissional.

Entre os elementos centrais do Educação para a Nova Indústria estão, a expansão e diversificação da oferta de educação básica, continuada e profissional ajustada às necessidades atuais e futuras da indústria, a modernização, otimização e adequação da infra-estrutura física das escolas e laboratórios, a flexibilização no formato e metodologias de atendimento às demandas educacionais da indústria e a capacitação de docentes, técnicos e gestores em tecnologias e gestão dos processos educacionais.

Foco no ensino médio – O Sistema Indústria (CNI, Sesi, SENAI e Instituto Euvaldo Lodi-IEL) tem grande preocupação com a elevação da escolaridade do trabalhador brasileiro, disse Armando Monteiro Neto, presidente da CNI. "Temos um foco, a questão do ensino médio. Percebe-se que essa demanda vai crescer muito nos próximos anos. E o esforço do Sistema S tem de estar muito articulado, estreitamente, também com os programas governamentais", ressaltou.

O programa – Os recursos do Educação para a Nova Indústria serão aplicados de na ampliação e modernização da rede de escolas e laboratórios, no treinamento dos professores e na revisão dos conteúdos dos cursos do SENAI e do Sesi. O programa é uma resposta ao desafio de aumentar a oferta de oportunidades para a formação de profissionais que atendam aos requisitos do mercado de trabalho. Pesquisas recentes mostram que trabalhadores com maior grau de escolaridade têm mais chances de encontrar emprego, porque estão mais bem-preparados para absorver e criar novas tecnologias e promover nas empresas um ambiente de conhecimento, criatividade e inovação.

Nos últimos anos, observa-se uma elevação da escolaridade média no perfil da força de trabalho para todos os setores da indústria. Nas atividades com maior intensidade tecnológica esse movimento é mais marcante: 85% das contratações dos setores de extração de petróleo e de fabricação de máquinas e equipamentos eletrônicos foram de pessoas com nível médio e superior.

Novo perfil – A experiência do Sesi e do SENAI com educação formal e profissional foi decisiva para a construção do programa, que reúne e aperfeiçoa o trabalho realizado pelas duas instituições. "O programa é uma resposta da indústria aos desafios que se colocam para o Brasil", explicou Monteiro Neto.

Segundo ele, o país passou por profundas transformações nos últimos anos. Uma delas foi o deslocamento da indústria para regiões distantes das capitais, o que criou novos pólos de produção. Há ainda a crescente incorporação de tecnologias, que transformou o perfil dos profissionais e a previsão de aceleração do crescimento econômico, que exigirá um maior número de trabalhadores qualificados.

Os investimentos permitirão o aumento de 30% nas matrículas nas escolas do Sesi e do SENAI em quatro anos. Da meta de 16,2 milhões de novas matrículas, o Sesi realizará 7,1 milhões e o SENAI, 9,1 milhões. "Com o programa, aceleramos o nosso passo, combinando uma resposta conceitual e metodológica da escolaridade articulada à capacitação", disse Monteiro Neto, na cerimônia que reuniu cerca de 300 pessoas na sede da CNI.

Fotos: José Lacerda - CNI

Informações complementares: www.cni.org.br

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