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Indústria manterá o crescimento da economia no segundo semestre

Por Agência CNI - Publicado 14 de setembro de 2007

A exemplo do que aconteceu no segundo trimestre deste ano, a indústria de transformação vai continua

A exemplo do que aconteceu no segundo trimestre deste ano, a indústria de transformação vai continuar puxando o crescimento da economia no segundo semestre e, com isso, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) crescerá próximo dos 5% previstos pelo governo, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. "O crescimento no terceiro e no quarto trimestre não será tão forte quanto o registrado no segundo trimestre, mas de qualquer maneira será um crescimento que ao final vai garantir a consecução dessa meta próxima de 5%. Com a indústria de transformação, diferentemente dos prognósticos que existiam no início do ano, puxando o crescimento do país", avaliou Monteiro Neto.

O PIB do segundo trimestre subiu 5,4% ante o mesmo período do ano passado, puxado pelo crescimento da indústria, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre, a alta foi de 0,8%. Entre os setores que compõem o PIB, a indústria teve o maior crescimento, tendo subido 1,3% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O setor de serviços subiu 0,7% e a agropecuária cresceu 0,6%.

"É importante registrar que quando a economia brasileira tem um desempenho maior, a indústria sempre puxa esse processo de crescimento", disse Monteiro Neto. Ele lembrou ainda que a capacidade produtiva também está se expandindo. "E isso é muito importante para que se promova um processo de crescimento que não nos conduza a pressões inflacionárias no futuro, ou seja, é importante crescer ampliando a oferta de bens", argumentou.

O presidente da CNI comentou também sobre a demanda interna, que tem crescido. "A demanda interna também teve uma boa influência, o consumo das famílias vem crescendo. E tudo isso em função da expansão do crédito, que é outro indicador extremamente positivo. A relação crédito-PIB no Brasil vem melhorando significativamente", avaliou.

Monteiro Neto ressaltou, no entanto, que o crescimento econômico está se dando em um ambiente cheio de restrições. "Não há dúvida de que, quando comparamos a taxa de crescimento do Brasil à de economias mais dinâmicas como as da China e da Índia, ficamos para trás. Gostaria de destacar que com as condições que o Brasil tem de carga tributária elevadíssima e um nível mais baixo de poupança, um desempenho desses é fantástico", salientou.

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