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Mercado projeta mais crescimento e inflação para 2007

Por Portal de Notícias G1 - Publicado 27 de agosto de 2007

O mercado financeiro estimou que a inflação e o crescimento da economia brasileira continuarão cresc

O mercado financeiro estimou que a inflação e o crescimento da economia brasileira continuarão crescendo neste ano, informou nesta segunda-feira () o Banco Central. As expectativas do mercado foram colhidas na última semana pela autoridade monetária e divulgadas hoje por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007, a estimativa do mercado financeiro subiu de 4,62% para 4,64%. Essa é a quarta semana consecutiva de elevação na expectativa do mercado para o PIB. O movimento acontece em meio à turbulências no mercado externo, o que mostra que os economistas não acreditam em forte contágio do Brasil. Para 2006, a projeção de crescimento do mercado subiu de 4,35% para 4,40%.

A projeção do mercado para o PIB de 2007 ainda está um pouco abaixo, porém, do que projeta tanto o governo federal quanto o Banco Central para este ano: 4,7%. Entretanto, está acima da estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que espera um crescimento de 4,5% para 2007.

Inflação e juros

O mercado financeiro também elevou, na última semana, a sua expectativa de inflação para o ano de 2007 de 3,77% para 3,86%. A projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008, por sua vez, permaneceu estável em 4%.

Ao definir os juros básicos da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central utiliza o sistema de metas de inflação. Para este ano e 2008, a meta central é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O IPCA, que serve de referência para o sistema, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida.

Se o BC julgar que a inflação está compatível com as metas pré-estabelecidas, pode continuar baixando os juros. Se achar que a inflação está subindo mais do que o previsto, pode optar por interromper os cortes ou até elevar os juros para conter o crescimento dos preços.

Após o Copom promover um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic em julho, fixando-a em 11,5% ao ano, o mercado financeiro continua a projetar um corte menor na reunião de setembro. Embora já haja analistas esperando manutenção dos juros em setembro, por causa da crise externa, a maior parte do mercado ainda segue projetando uma redução de 0,25 ponto percentual, para 11,25% ao ano.

Em outubro e dezembro, a previsão do mercado financeiro é de dois novos cortes de 0,25 ponto percentual por parte do BC. Com isso, os juros terminariam 2007 em 10,75% ao ano. Para o final de 2008, o mercado prevê que os juros estejam em 9,75% ao ano.

Câmbio, balança comercial e investimentos diretos

A projeção do mercado para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu estável em R$ 1,90 por dólar na última semana. Para o fim de 2008, por sua vez, a expectativa do mercado para o câmbio permaneceu inalterada em R$ 1,95 por dólar.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a estimativa do mercado financeiro para o ingresso de 2007 permaneceu estável em US$ 27 bilhões. Para 2008, a projeção ficou inalterada em US$ 22,5 bilhões.

Já a expectativa do mercado para o superávit da balança comercial neste ano caiu de US$ 43 bilhões para US$ 42,70 bilhões na semana passada. Para 2008, a projeção recuou de US$ 37,05 bilhões para US$ 37 bilhões.

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