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Professores do SESI participam da etapa presencial da pós-graduação desenvolvida por Stanford

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 20 de maio de 2022

O projeto piloto selecionou 60 educadores para atuar como multiplicadores da metodologia STEP e ofertar a especialização a mais docentes da educação básica


A implementação do PED Brasil na rede é a primeira ação de formação continuada do Centro Nacional de Formação dos Profissionais de Educação do SESI

Entre os dias 16 a 21 de maio, o Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Instituto Canoa, realiza a semana de formação presencial dos multiplicadores da pós-graduação desenvolvida pela Universidade de Stanford

O Programa de Especialização Docente (PED Brasil) começou com a implementação do projeto piloto em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe e tem como objetivo formar professores da educação básica para ensino de Matemática ou Ciências da Natureza, de modo que promovam práticas de excelências equitativas dentro da sala de aula. 

Cada estado selecionou dez professores que estão passando por uma formação de um ano e meio para se apropriarem da metodologia STEP (Stanford Teacher Education Program). Ao final do programa, esses educadores serão multiplicadores e poderão ofertar a pós-graduação a mais docentes da educação básica, incluindo para aqueles que atuam na rede pública.  

O diretor de operações do SESI, Paulo Mól, falou que o professor é o pilar para que se desenvolva uma educação de qualidade. “Geralmente, onde se tem desempenhos educacionais muito bons, também se encontra um professor que é transformador”. 

A implementação do PED Brasil na rede é a primeira ação de formação continuada do Centro Nacional de Formação dos Profissionais de Educação do SESI, que foi criado em março desse ano pelo Conselho Nacional da instituição.  

Além dos professores selecionados para o projeto piloto, cerca de 60 docentes de outras instituições de ensino superior também participam dessa etapa presencial

Além dos professores selecionados para o projeto piloto, cerca de 60 docentes de outras instituições de ensino superior também participam dessa etapa presencial e contribuem para a troca de experiências e conhecimentos entre educadores brasileiros. 

O programa tem como base os princípios da metodologia de Stanford, que são: teoria e prática; equidade e excelência; e aproximação entre academia e escola. Tais princípios vão garantir a formação de excelência dentro da rede SESI e, em seguida, nas demais instituições de educação básica.  


“Quando os estudantes mudam, a educação muda. Não seria diferente que as práticas educativas precisassem mudar o tempo inteiro. Então a formação de professor precisa e vai ser sempre continuada”, esclarece Clessia Lobo, gerente de educação do departamento regional da Bahia. 


De professor para professor 

O gerente de educação básica, Leonardo Lapa, destaca o pioneirismo da rede SESI em construir não apenas uma formação de excelência, como também por ser a primeira rede nacional de educação básica que promove pós-graduação para docentes da educação básica. 


“Estamos construindo uma rede de professor para professor, uma formação baseada nas melhores práticas do mundo. Estamos formando os formadores, que ensinarão os professores, que um dia educarão os alunos, que um dia mudarão o Brasil”, declara Leonardo. 


O professor de matemática e robótica, Heriberto Nunes, do SESI Rio Grande do Norte, conta que participar desse projeto está sendo uma experiência enriquecedora para a sua prática em sala de aula. 

“O SESI está trazendo para todos os professores a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos, conhecer novas práticas e levar isso para a sala de aula. Além de trabalhar as competências e habilidades nesse novo cenário que é o Novo Ensino Médio”, pontua o educador. 

Na cerimônia de abertura a formação continuada dos professores foi pontuada como urgente para garantir a qualidade da educação

Mudança em sala de aula, mudança para o Brasil 

A diretora do Instituto Canoa, Mila Molina, chama atenção para o índice alarmante de estudantes brasileiros que não tem domínio básico da matemática, uma das áreas de formação do PED Brasil. “82% dos estudantes brasileiros não sabem matemática adequada. Isso foi em 2019, imagina agora, isso é mais do que absurdo e existem meios de mudarmos isso”, destaca Mila. 

Outra preocupação pontuada pela diretora para a urgência da formação continuada de professores é a lacuna existente nas licenciaturas das universidades brasileiras.  


“Muitos professores têm defasagem na formação inicial, precisamos que essa formação continuada que estamos oferecendo ajude na sua prática e que essa prática chegue na aprendizagem dos estudantes”, explica. 


Participaram também da abertura institucional a professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade de Stanford e diretora pedagógica do PED Brasil, Rachel Lotan; o gerente executivo de educação, Wisley Pereira; e a gerente do Centro SESI de Formação em Educação, Kátia Marangon. 

Ao longo da semana, ainda serão promovidas atividades e oficinas de formação para os professores. 

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