O programa é uma resposta da indústria ao desafio de aumentar a oferta de oportunidades para a formação de profissionais que atendam aos requisitos do mercado de trabalho e está sintonizado com o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015. No documento, que traduz a visão do setor produtivo sobre o futuro do país, os empresários destacam que a educação de qualidade é fundamental para a expansão das empresas e a competitividade da economia brasileira.
Pesquisas recentes mostram que trabalhadores com maior grau de escolaridade têm mais chances de encontrar um emprego, porque esses profissionais estão mais bem preparados para absorver e criar novas tecnologias e promover nas empresas um ambiente de conhecimento, criatividade e inovação. Nos últimos anos, observa-se uma elevação da escolaridade média no perfil da força de trabalho para todos os setores da indústria. Nas atividades com maior intensidade tecnológica esse movimento é mais marcante: 85% das contratações dos setores de extração de petróleo e de fabricação de máquinas e equipamentos eletrônicos foram de pessoas com nível médio e superior.
Com o programa Educação para Nova Indústria, a CNI reafirma a sua convicção de que a qualificação dos trabalhadores é decisiva para o Brasil se inserir no competitivo mercado global. Foi essa convicção que orientou a criação do SENAI em 1942 e, mais tarde, motivou os investimentos do SESI na educação básica dos industriários e seus dependentes.
O desenvolvimento industrial brasileiro nos últimos 65 anos contou com a força propulsora do SENAI que capacitou cerca de 43,22 milhões de brasileiros. Atualmente, as 406 escolas fixas e as 301 unidades móveis espalhadas pelo Brasil qualificam mais de 2 milhões de trabalhadores por ano. O SESI prestou relevantes serviços a indústria nacional, por meio de escolas instaladas em 2.006 municípios, que recebem 1,5 milhão de matrículas ao ano nos cursos de educação infantil, ensino fundamental e médio, educação do trabalhador e educação continuada.
A experiência do SESI e do SENAI com educação formal e profissional foi decisiva para a construção do programa Educação para a Nova Indústria, que reúne e aperfeiçoa o trabalho realizado pelas duas instituições. "O programa é uma resposta da indústria aos desafios que se colocam para o Brasil", diz o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.
Segundo ele, o país passou por profundas transformações nos últimos anos. Uma delas foi o deslocamento da indústria para regiões distantes das capitais, o que criou novos pólos de produção. Há ainda a crescente incorporação de tecnologias, que transformou o perfil dos profissionais e a previsão de aceleração do crescimento econômico, que exigirá um maior número de trabalhadores qualificados.
"O programa Educação para a Nova Indústria é uma das respostas às demandas geradas por essas forças transformadoras da economia brasileira", afirma Monteiro Neto.
Fotos: José Paulo Lacerda - CNI