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Reservas às vésperas de bater os US$ 100 bi

Por Gazeta Mercantil - Publicado 27 de fevereiro de 2007

Marca histórica tem custo elevado, mas blinda a economia contra crises externas. Prestes a atingir a

Marca histórica tem custo elevado, mas blinda a economia contra crises externas. Prestes a atingir a marca histórica de US$ 100 bilhões, as reservas internacionais do País - que chegaram a US$ 96,7 bilhões na sexta-feira - despertam orgulho em integrantes do governo e provocam críticas no mercado financeiro. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, diz que ter reservas altas é "excelente". E o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Afonso Bevilacqua, afirma que ainda há espaço para aumentá-las, citando o exemplo da Coréia, onde chegaram a 30% do PIB. Se aplicado ao Brasil, tal percentual elevaria as reservas a US$ 290 bilhões.

Para comprar dólares no mercado, o BC lança títulos pagando a Selic (hoje em 13%) e quando aplica as reservas recebe um rendimento bem menor (no patamar do juro básico americano, que é de 5,25%). "Há um custo alto para o Tesouro, mas o que pesa mais são os benefícios", diz Bernardo, acrescentando que reservas externas altas são fundamentais para a credibilidade do País.

Por conta dos custos, Roberto Padovani, economista do banco WestLB do Brasil, afirma que um bom patamar seria entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões, com o que o custo cairia pela metade. Economistas estimam que o gasto do Tesouro com a manutenção de reservas na casa dos US$ 100 bilhões é de US$ 7 bilhões a US$ 8 bilhões. Mas, na opinião de Emílio Garofalo, ex-diretor do BC, o custo compensa, quando se pensa nas crises externas dos anos 1980/90. Por isso mesmo, concorda que há espaço para aumentá-las. Diz ele: "Podemos chegar tranqüilamente a US$ 130 bilhões ou US$ 140 bilhões no fim do ano sem qualquer trauma no mercado".

Fotos: www.economia-internacional.org.
         
www.pesquisa.br.pt

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