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Salve os oceanos! Nova temporada da robótica estimula debate sobre problemas ambientais marinhos

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 27 de setembro de 2024

Alunos entre 9 e 19 anos vão precisar desenvolver soluções para ajudar a vida marinha, de forma criativa e robótica! Conheça tudo sobre o tema FIRST DIVE


A poluição marinha degrada a qualidade das águas do oceano e afeta o equilíbrio dos ecossistemas

FIRST® DIVE, temporada 2024-2025 da robótica, surge em meio à Década do Oceano, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e convida os alunos a inovarem para um mundo melhor com oceanos saudáveis. Essa iniciativa, além de promover a conscientização da nova geração, é uma oportunidade para discutir a respeito dos problemas ambientais enfrentados pelos oceanos.  

Dentro desse cenário ambiental, um grande alerta chama a atenção para o aquecimento dos oceanos, que está atingindo níveis recordes há um ano, colocando em risco a vida marinha e o clima extremo em todo o planeta.

Para explicar melhor a atual situação dos oceanos, a Agência de Notícias da Indústria preparou um material sobre o tema e entrevistou o oceanógrafo e embaixador desta temporada da robótica, Ronaldo Christofoletti, para esclarecer o assunto. Confira! 

4 problemas ambientais dos oceanos e consequências 

1. Aquecimento dos oceanos: causado pela queima de combustíveis fósseis, que liberam excesso de calor para a atmosfera. Cerca de 90% desse calor é armazenado nos oceanos. Uma das consequências é a elevação do nível do mar, que se expande com o aumento das temperaturas, como mencionado acima, colocando em risco milhões de pessoas com inundações futuras. 

2. Poluição marinha: resultante da ação humana, esse tipo de poluição degrada a qualidade das águas do oceano e afeta o equilíbrio dos ecossistemas marinho. Os principais poluentes são: plástico, petróleo, esgoto doméstico e industrial e resíduos agrotóxicos. 

3. Sobrepesca: ocorre quando a pesca é realizada mais rápido que a capacidade de reprodução dos peixes e outros seres marinhos. Isso acontece pela prática de pesca excessiva e ilegal, falta de regulamentação eficiente, métodos de pesca prejudiciais, entre outros fatores. 

4. Destruição dos habitats marinhos: pode levar à extinção de espécies e à perda da biodiversidade, pois afeta a reprodução e alimentação dos animais marinhos. Os problemas ambientais listados anteriormente contribuem diretamente para essa destruição. 

Confira como os impactos ambientais afetaram os oceanos em números

Os oceanos ainda podem ser salvos, afirma o oceanógrafo Ronaldo Christofoletti 

O que pode ser feito para salvar os oceanos? Para o oceanógrafo Ronaldo Christofoletti, professor no Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o primeiro passo é entender a cultura oceânica presente em cada indivíduo. 

A convite do Serviço Social da Indústria (SESI), Ronaldo foi escolhido para ser o embaixador da temporada FIRST® DIVE. Confira a entrevista sobre os impactos que a situação dos oceanos pode causar ao meio ambiente e à humanidade, o que está sendo feito a respeito e como a robótica pode ser uma aliada da causa. 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA – De que forma os danos causados aos oceanos refletem na vida da humanidade? 

RONALDO CHRISTOFOLETTI - Os danos têm impactos diretos e indiretos. Para as pessoas que vivem em costeiras ou frequentam esses locais, os danos afetam a questão da saúde pública. Um oceano poluído traz contaminantes de volta para a cadeia alimentar, microplásticos é um desses exemplos, nós passamos a ter muito desses recursos pesqueiros que têm esse material na sua carne e fazemos o consumo desse alimento. Além disso, ainda têm os agrotóxicos químicos e outros produtos que os animais ingerem. Outro dano é a mudança climática, aumento do nível do mar e dos eventos extremos das tempestades, ressacas costeiras, isso tudo provoca muita insegurança para quem vive na costa. Um oceano poluído regula menos o clima do planeta. 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA – Os oceanos ainda podem ser salvos? O que pode ser feito pela população para reverter a situação? 

RONALDO CHRISTOFOLETTI - Os oceanos podem ser totalmente salvos ainda. Esse é o grande convite da década do oceano, que convida todos os setores da sociedade para que juntos possamos reverter essa situação com cada um desenvolvendo a sua cultura oceânica, que é entender a sua relação com o oceano e pensar dentro da sua ação enquanto cidadão e como profissional, refletindo processos mais sustentáveis, criando um olhar mais azul. 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA – O que o Brasil e outros países têm feito a respeito dos problemas ambientais dos oceanos? 

RONALDO CHRISTOFOLETTI - O primeiro movimento é esse acordo global em promover uma Década do Oceano para estruturar e pensar parcerias, buscar dados, enfim, acredito que esse é o primeiro passo. O Brasil é um país líder na Década do Oceano, isso nós temos que nos alegrar, fomos o primeiro país com um comitê nacional que começou a pensar ações para a década. Recentemente, também foi criado um Departamento de Oceano e Gestão Costeira no Ministério do Meio Ambiente, que complementa uma coordenação que sempre existiu, a do Oceano e Antártica no Ministério da Ciência e Tecnologia. Então sempre teve esse destaque, somos o primeiro país a ter a Olimpíada do Oceano, também temos o Programa Escolas Azuis, o país tem sido muito líder em políticas ambientais. Todas essas ações ajudam para que possamos crescer como um país com consciência ambiental, olhando a nossa realidade e entendendo como conservar o oceano. 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA – Como a iniciativa em promover uma temporada inspirada nos oceanos pode ajudar nessa grande causa ambiental? 

RONALDO CHRISTOFOLETTI - A temporada da robótica é um exemplo enorme e inspirador de como podemos unir as diferentes áreas do conhecimento. Ela nos ajuda a achar uma relação robótica e oceano e como, a partir disso, podemos pensar soluções para o oceano. É um movimento que formará cidadãos para, futuramente, aplicarem esses conhecimentos em suas respectivas áreas de atuação. É um verdadeiro exemplo para o Brasil e para o mundo essa temporada da robótica. 

Continue acompanhando a nova temporada da robótica na Agência de Notícias da Indústria ou pelas redes sociais!

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