A inflação nos preços – ou, visto por outro ângulo, o aumento dos ganhos dos catadores de lixo – deve ser creditada à Techplast, empresa fabricante de tubos de polietileno para irrigação que, em parceria com o SENAI-PB, desenvolveu tecnologia para a fabricação de tubos. “Além de insumo para a construção civil, estamos promovendo distribuição de renda”, diz o empresário Alessandro Andrade.
Redução de custos – O projeto de reutilização do pet foi aprovado no Edital SENAI Inovação de 2006. A Techplast, que desde 2004 produzia 40 toneladas mensais de mangueiras de polietileno para irrigação, decidiu inovar para reduzir custos de matéria-prima. O projeto foi desenvolvido junto com o Centro de Inovação e Tecnologia do SENAI, em Campina Grande.
O uso de garrafas descartadas foi aprovado nos testes de resistência e impacto realizados no núcleo de metalmecânica do SENAI e na empresa. O segundo passo foi adaptar os equipamentos que moldam tubos de polietileno a uma temperatura de 150º, para operar também a 250º. “O processo é simples e barato”, garante o gerente do centro, Josué Casemiro. A empresa produz mensalmente 20 toneladas de mangueiras de polietileno e igual volume de tubos com pet triturado, conta Andrade. O novo produto, que chega ao mercado com um valor correspondente a 60% do preço dos tubos de polietileno, abastece lojas de material de construção na Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte.