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IEL completa 39 anos

Por Agência CNI - Publicado 29 de janeiro de 2008

O Instituto Euvaldo Lodi Nacional (IEL) completa hoje 39 anos. São quase quatro décadas de uma histó

O Instituto Euvaldo Lodi Nacional (IEL) completa hoje 39 anos. São quase quatro décadas de uma história que acompanhou as transformações da economia e indústria brasileira promovendo a integração entre universidade e indústria. Empresários, acadêmicos e instituições parceiras afirmam que o IEL é uma instituição moderna que se desenvolveu marcantemente na última década. "O IEL se mantém atual. Seu conselho é diversificado e traz contribuições de vários setores da sociedade", diz o representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Lauro Morhy, ex-reitor da UnB e ex-conselheiro do IEL.

No início, o estímulo à inovação se dava por meio da formação de pessoas. Programas de estágios supervisionados aproximavam os estudantes das empresas industriais, o que permitia a troca de conhecimento entre o meio acadêmico e o empresarial. Há setores em diversos estados que foram beneficiados com os programas de estágio, como o de metalmecânica de Santa Catarina.

O trabalho do IEL foi intensificado em meados dos anos 1990, quando foram abertas as portas para os produtos importados e a defasagem tecnológica da indústria brasileira ficou visível. O IEL ampliou suas atividades na área de desenvolvimento empresarial, suporte a Arranjos Produtivos Locais (APL) e estímulo ao empreendedorismo. "Isso contribui muito para o fortalecimento da integração entre a universidade e a indústria, desenvolvimento tecnológico, capacitação científica, crescimento econômico e geração de emprego e renda", afirma o professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina.

Um importante marco no redirecionamento das ações do IEL foi o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015, um documento com metas e indicadores para os próximos anos, resultado de um esforço coordenado com líderes empresariais. Segundo o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), José Manuel de Aguiar Martins, o alinhamento estratégico do IEL ao Mapa fortaleceu o trabalho sistêmico. "Hoje, alguns programas são frutos da boa parceria entre IEL e SENAI", afirma. Martins diz que essa parceria prepara as entidades para atender as demandas da indústria brasileira e contribui para o aumento da competitividade do país. "Os resultados mostram que estamos no caminho certo."

Entre os programas destacados pelo diretor-geral do SENAI está o Inova Engenharia, que congrega 17 instituições da iniciativa privada, governo e universidades, além de profissionais comprometidos com a idéia de que a modernização do ensino da engenharia é indispensável para que o país possa dar o salto tecnológico necessário para a aceleração do crescimento e aumento da competitividade.

Na avaliação do conselheiro do IEL, Antônio Fábio Ribeiro, a instituição é enxuta e leve, com capacidade de articulação e vocação para parcerias. Um exemplo de parceria forte é a realizada com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), iniciada há cerca de dez anos. O diretor-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, destaca que a cooperação é diversificada, abrange de capacitação empresarial, especialmente em APL, acesso à inovação e atualização tecnológica. "Toda vez que o Sebrae necessita promover ações de alto nível para fortalecer os pequenos negócios, recorre ao IEL. A instituição é um dos nossos melhores parceiros", afirma Okamotto.

O IEL contabiliza conquistas em seus 39 anos de atividades, mas tem desafios a enfrentar. Na avaliação do diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), Antonio Carlos Brito Maciel, o IEL tem um espaço grande para ocupar na área de desenvolvimento empresarial. "O aperfeiçoamento da gestão na indústria, por meio da oferta de serviços e soluções em educação empresarial, é um nicho para o IEL prestar um grande serviço", diz. Paralelamente Maciel destaca o incentivo ao empreendedorismo por meio do treinamento a micro e pequenos empresários como contribuição para a promoção do crescimento e conômico. Maciel lembra que, a cada ano, no Brasil, um grande número de empresas fecha as portas. E o problema, em grande parte, é de gestão ineficiente.

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