Estagiários podem dar contribuições efetivas para que empresas compreendam melhor a gestão da inovação. Esta é a percepção do professor da Universidade Federal Fluminense, Luiz Antônio Coelho Lopes, superintendente da área de inovação para a competitividade da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
O especialista abriu, nesta quinta-feira, o ‘Seminário de Engenharia e Inovação na Indústria’, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em João Pessoa, na Paraiba. “Nas grandes empresas há áreas específicas para a pesquisa e desenvolvimento. Mas, especialmente nas pequenas e médias empresas, estudantes têm condições de promover a transferência de conhecimento entre instituições de ensino e indústrias. A interação pode acontecer do nível técnico ao doutorado, desde que todos conduzam com maturidade este processo”, alertou Lopes.
Acontecendo no Teatro Armando Monteiro, SESI/Centro, o seminário reune estudantes de engenharia de universidades do nordeste, professores, empresários e gestores regionais do IEL. Pela manhã, a agenda contou ainda com especialistas do mercado, como Paulo Lourenção , PhD em Ciência Aeroespaciel da Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER). Coordenador de projetos de design da quarta maior empresa fabricante de aviões do mundo, ele falou sobre o Programa de Especialização em Engenharia.
O processo seletivo do PEE está aberto para dedicados recém-formados que disputarão, em média, uma vaga entre 40 candidatos. A companhia conta hoje com 2500 engenheiros, 10% de toda a mão-de-obra, e contrata 200 profissionais das áreas de engenharia a cada ano. “Empresas de alta tecnologia dependem desta renovação. Por isso valorizamos a formação, inclusive com a absoção de estagiários. Temos uma centena de aprendizes e todos atuam diretamente com os profissionais. É uma profissão portadora do futuro”, contou. As incrições ao PEE podem ser feitas pelo site: www.embraer.com.br
Atentos às palestras, universitários anotavam dicas e caminhos ao melhor aproveitamento do estágio. Para o estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Campina Grande, Breno Lamarc, aliar conhecimento teórico à prática garante mais eficácia ao ato educativo. “ É importante ouvir especialistas. Isso traz mais confiança à escolha que fizemos”, disse.
Mariana Junqueira, de Engenharia de Produção, também da UFCG, gostou do que ouviu. “Concordo com o entendimento sobre nossa responsabilidade em promover a inovação. Precisamos disso, até para nos mantermos no mercado de trabalho”, garantiu. O Seminário de Engenharia e Inovação na Indústria termina no fim da tarde desta quinta-feira.