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7 soluções de estudantes de robótica contra o novo coronavírus

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 28 de setembro de 2020

A competição do SESI mobilizou mais de 1.900 estudantes de todo Brasil

Torneio SESI de Robótica – Desafio Covid-19 acabou e eu aposto que você quer saber mais sobre os sete projetos premiados, né? A competição, criada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), mobilizou mais de 1.900 estudantes de todo Brasil em busca de soluções para o novo coronavírus. Durante os três meses de desafio, os jovens desenvolveram e apresentaram projetos sobre prevenção, combate e diagnóstico do vírus. Conheça as sete melhores soluções:

1. Freetoilet: filtro sanitizante para vasos sanitários

Após descobrir que o novo coronavírus, presente nas fezes e urina de uma pessoa contaminada, se espalha no ar durante a descarga, os jovens da equipe SESI Big Bang, de São Paulo, criaram uma solução de desinfecção para banheiros: o Freetoilet.

A inovação consiste em um filtro feito de plástico verde – material produzido a partir do bagaço da cana de açúcar – e uma pastilha composta por digliconato de clorexidina e pó de gengibre. O equipamento fica acoplado dentro do vaso sanitário, próximo as saídas de água. Assim quando a água passa pela pastilha, as substâncias combinadas na formulação são liberadas e descontaminam os dejetos e as partículas soltas no ar. Com isso, além de evitar que as pessoas se contaminem no banheiro, o composto que vai para o esgoto também estará livre do coronavírus.

2. Limogel: álcool em gel à base de casca de laranja que evita incêndios e não resseca as mãos

Os estudantes da equipe Titans, do SESI Planalto (GO), já haviam desenvolvido para a temporada Cidades Inteligentes um composto asfáltico a base de Limoneno (substância encontrada na casca de laranja) com comprovado poder desengordurante. Indicada ao Global Innovation, a equipe decidiu aproveitar a pesquisa já realizada para avançar na questão do Covid-19 a partir do problema do aumento (60%) dos incêndios residenciais durante a quarentena por causa do uso do álcool em gel.

Assim, nasceu o Limogel, produto com poder desinfetante, à base de limoneno, que é capaz de afetar e desestabilizar vírus como os da dengue, febre amarela e gripe aviária, além de bactérias, micróbios e fungos. Os estudantes buscam comprovar a eficácia do Limoneno contra o coronavírus, mas acreditam que será possível uma vez que uma substância da mesma família - o Timol -, já foi testada e obteve bons resultados.

3. SafeTrip: sistema que utiliza lâmpada UV para a desinfecção de transportes privados

A fim de prevenir a infecção de Covid-19 por meio dos transportes privados, a equipe Robocoe, do Colégio COESI, de Sergipe, criou o SafeTrip: um sistema que utiliza lâmpada UVC para a desinfecção do ambiente.

Esse sistema é composto por uma lâmpada UVC (luz de frequência germicida) e que fica instalada na parte superior traseira do automóvel junto com um biombo e um inversor, para fornecer a quantidade de energia suficiente para ligar a lâmpada e um sensor de tempo.

Dessa forma, assim que um passageiro sair da corrida, o motorista ligará a lâmpada com um botão, para esterilizar o local. O tempo de esterilização do local, depende da potência e da distância das superfícies. A equipe optou pelo uso de uma lâmpada de 15W, e de acordo com dados fornecidos pela concessionária Nissan a respeito de uma média de distância da superfície mais distante que precisaria ser desinfectada, a desinfecção seria completa em apenas 6 minutos e desligada automaticamente, graças ao sensor.

4. Cabine geradora de ozônio para desinfectar livros em bibliotecas

Ao perceber que o empréstimo de livros poderia ser uma forma de disseminação do novo coronavírus, a equipe Robolife, do SESI Candeias (BA), criou uma cabine geradora de ozônio, onde os materiais são desinfetados. A máquina possui 60 cm X 60 cm X 90 cm, e pode ser instalada dentro de bibliotecas.

Após dois minutos de ozonização na cabine, o gerador da máquina é desligado e um exaustor é aberto na parte superior, para liberar o ozônio gerado para o ambiente externo da biblioteca por um duto que é instalado em uma janela. Todo processo é controlado por um painel que só permite a abertura da porta após finalização do processo.

Testes realizados pela Wier - empresa que produz geradores de ozônio - no laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), indicaram que o gás ozônio pode eliminar cerca de 99,9% de microrganismos que estejam presentes em ambientes e superfícies.

5. Bioclean: sistema sanitizante para estabelecimentos comerciais

Para reduzir o contágio de Covid-19 em estabelecimentos comerciais, a equipe do SESI de Barra Bonita (SP) Biotech criou o Bioclean: um sistema sanitizante para ser acoplado ao balcão caixa de comércios, tratando-se de uma passagem pulverizadora pela qual o produto passa e é sanitizado. Com isso o consumidor tem a tranquilidade e a segurança em levar suas compras já higienizadas para casa.

O sistema sanitizante pode ser utilizado em supermercados, farmácias, lojas, quitandas, pois se adequa a vários tipos de balcão, de acordo com a necessidade do estabelecimento.

A Universidade Unicamp propôs uma parceria à equipe para utilizar um sanitizante desenvolvido por eles com uso de química verde e sustável, extremamente eficiente e seguro.

6. EPPE: Empurra a Porta com o Pé

De olho na disseminação do novo coronavírus por maçanetas e puxadores de portas, a equipe Francodroid, do Colégio Liceu Franco-Brasileiro (RJ), desenvolveu o EPPE - Empurra a Porta com o PÉ, que possibilita que portas com algum tipo de resistência, seja por peso ou por empregarem molas, sejam abertas com o mínimo de esforço e utilizando os pés.

A solução consiste em uma peça de alumínio que pode ser presa com fita de fixação. Assim, uma porta que precisava ser puxada, pode ser empurrada, graças à parte protuberante, simplificando o movimento.

O EPPE é ideal para portarias, elevadores e lugares com grande fluxo de pessoas. Também pode ser instalado em portas de correr e nas comuns. Caso haja trinco, só é preciso tapar o orifício de entrada da lingueta com um pedaço de lata e fita, além de adesivos magnéticos na porta e na parede, para garantir que se mantenha fechada.

7. Égide: Adesivo para luvas capaz de estender a duração das propriedades do álcool em gel

Cientes de que a maior forma de transmissão do vírus é por meio do toque das mãos, os jovens do SESI Vila Canaã (GO) criaram um adesivo para luvas que aumenta o tempo de impermeabilização do álcool em gel, chamado Égide.

O adesivo é composto por uma camada de algodão com papel de absorção; uma camada de tecido soft, para equilibrar a passagem dos fluidos diminuindo a taxa de evaporação; e uma camada de tecido bagum - feito a partir do pvc -, servindo como uma camada impermeabilizante. Com isso, ao passar o álcool em gel nas luvas, a junção dos tecidos mantém o efeito de inativação do coronavírus - proporcionado pelo sanitizante - por até 3 horas.

Após a conquista no Desafio Covid-19, a equipe Aghaton está estudando as possibilidade de aprimorar o projeto e, ao invés de adesivos, desenvolver um protótipo de luva para reduzir a contaminação de Covid-19 – transmitido em maior parte dos casos por meio do contato das mãos.

Acompanhe tudo sobre a nova temporada de robótica

As novidades estão no canal do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, do Torneio SESI de Robótica FIRST Tech Challenge, aqui na Agência CNI de Notícias e nos perfis do Torneio no Instagram e Facebook. Veja as fotos no Flickr da CNI.

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