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CNI

84,4% dos ex-alunos SENAI de cursos técnicos de nível médio estão empregados

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 05 de outubro de 2023

Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do SENAI 2021-2023 registrou aumento de empregabilidade em relação ao levantamento anterior, de 2020-2022.


A pandemia provocou uma onda de incertezas e desafios em todas as esferas da sociedade. No entanto, ela não foi um obstáculo na carreira dos egressos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Pelo contrário, a taxa de ocupação dos profissionais formados pela instituição surpreendeu, revela a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do SENAI 2021-2023. Segundo o levantamento, 84,4% dos ex-alunos de cursos profissionais de nível médio da entidade estão empregados, um aumento em relação ao índice de 76,3% registrado no estudo anterior, de 2020-2022.

Os resultados são ainda melhores entre os egressos dos cursos de graduação tecnológica do SENAI, em que a taxa de ocupação atinge 90,8%. Além disso, a pesquisa destaca o desempenho dos ex-alunos de cursos de aprendizagem industrial: 74,6% deles estão ocupados. Entre os egressos dos cursos de qualificação profissional, o índice de ocupação é de 72%.

Todos os indicadores estão muito acima do nível médio de ocupação dos trabalhadores brasileiros, que ficou em 56,6% em 2022, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, entre as pessoas aptas a trabalhar, pouco mais da metade está empregada.

Felipe Destro, 19 anos, fez o curso profissional em eletroeletrônica no SENAI de Jundiaí, em São Paulo, simultaneamente com o ensino médio no Serviço Social da Indústria (SESI). Após concluir ambos, iniciou, em 2022, a faculdade de Ciência da Computação e, em seguida, começou a trabalhar como estagiário no SESI. Há cerca de três meses, Felipe foi contratado, com carteira assinada, pela empresa Stefanini, uma multinacional brasileira que atua no setor de serviços em Tecnologia da Informação (TI). 


“Quando falei da minha experiência, tanto no curso profissional do SENAI quanto na parte de programação nas competições de robótica do SESI, acabei chamando a atenção e fui contratado", conta ele, orgulhoso.


O jovem diz que pretende atuar como desenvolvedor e web designer.

Os resultados da pesquisa de egressos, segundo o superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Felipe Morgado, são fruto da visão estratégica da entidade e pavimentam um futuro promissor para quem escolhe a formação oferecida pela instituição.


"O SENAI escuta o setor produtivo para definir quais competências devem ser desenvolvidas, não apenas técnicas, mas também socioemocionais, preocupando-se com a formação completa do profissional. É assim que conseguimos formar o perfil que as empresas estão buscando”, explica.


É por isso que, ainda segundo o levantamento do SENAI, 91,7% das empresas preferem contratar egressos da instituição, enquanto 99,4% dos ex-alunos afirmam que indicariam os cursos da entidade a outras pessoas. 

Cursos com maiores taxas de ocupação

Diversos cursos profissionais de nível médio têm taxa de ocupação acima de 90%, como mecânica (96,5%), alimentos (95,2%), refrigeração e climatização (94,5%) e automação industrial (93,2%). 

Infográfico das maiores taxas de ocupação em cursos do SENAI

Por trás desse sucesso, estão instrutores experientes, como Martim Farias, que leciona mecânica no SENAI de João Pessoa há 14 anos. Martim foi estudante do próprio SENAI, há cerca de 20 anos, e hoje dá aula para sete turmas diferentes. Ele trabalhou por alguns anos na indústria e foi convidado a retornar ao SENAI como instrutor. 

"A maioria dos nossos alunos faz estágio durante o curso e já sai com contrato de trabalho, porque são estudantes que estão sendo muito bem preparados, e isso enche a gente de orgulho. Além disso, o SENAI oferece cursos personalizados para atender às necessidades específicas de cada empresa. Isso significa que nós, instrutores, precisamos estar sempre antenados às novas tecnologias e a outras novidades do mercado”, diz.

Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado pelo Observatório Nacional da Indústria no ano passado, serão criadas, em todo o país, 497 mil novas vagas formais na indústria até 2025, sendo 272 mil no nível de qualificação, 136 mil vagas no profissional e 90 mil no superior.

As áreas com maior demanda por formação são metalmecânica, construção, logística e transporte, alimentos e bebidas e as transversais, que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como segurança do trabalho, apoio em pesquisa e desenvolvimento e metrologia, por exemplo.

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