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A indústria é o motor da economia brasileira

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 25 de março de 2021

Em 2019, o setor industrial respondeu por 21,4% do PIB

O setor industrial nunca foi tão vital para a economia brasileira. Com a crise desencadeada pela pandemia do coronavírus, o país sentiu como o setor consegue inovar, assimilar tecnologias e desenvolver produtos.  

Graças à indústria, todos os outros setores são fortalecidos. E é ela a responsável por gerar empregos indispensáveis para a retomada econômica.

Importância da indústria para a economia

Um país do tamanho do Brasil não consegue ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. A indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o sistema produtivo de uma maneira geral, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento de todos os demais setores brasileiros. 

Abaixo alguns exemplos de como a indústria contribui para o desenvolvimento da economia nos mais variados segmentos: 

•   Mecanização e uso de colheitadeiras na área agrícola, desenvolvimento de sementes mais produtivas e defensivos agrícolas mais eficazes e seguros;

•   Utilização da biotecnologia e nanotecnologia;

•   Produção de caminhões e máquinas para uso na mineração;

•   Modernização de fornos para uso no setor cerâmico e de produção de cimento;

•   Inovações e fabricação de equipamentos de comunicação;

•   Criação e produção de computadores, armazenamento de informações na nuvem e de operações financeiras online.

“A indústria nacional viabiliza o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, como pesquisa científica, design, logística e marketing. Tanto a agricultura brasileira, que está entre as mais competitivas do mundo, quanto o setor de comércio e serviços dependem de uma indústria forte”, afirma o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístistica (IBGE) e do Ministério da Economia, em 2019, o setor respondeu por 21,4% do PIB nacional. Em função de sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 em comércio e serviços. 

O setor emprega 9,7 milhões de trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias, o equivalente a 20,4% dos empregos formais do país. Destes, 6,8 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação. E os que possuem ensino superior completo ganham 33% a mais do que a média do país, contribuindo para o aumento da renda per capita dos brasileiros.

E ainda, o setor representa 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos investimentos em P&D da iniciativa privada e 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias. 

Valorização da indústria

O Brasil reúne uma série de fatores que acabam desestimulando o empreendedorismo e a atividade produtiva, como a burocracia e as elevadas taxas de impostos. A legislação básica, regulatória e institucional precisa jogar a favor de quem deseja abrir e manter um negócio – e não contra. Esse é um desafio para o Congresso, o Poder Executivo, o Judiciário e para toda a sociedade.

Uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas é o que o país precisa. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são peças-chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0 e com a economia de baixa emissão de gases do efeito estufa. 

O desafio para a retomada do crescimento sustentado é reduzir ao máximo o chamado Custo Brasil. O Brasil precisa de um ambiente favorável aos negócios, que ofereça segurança jurídica, melhore as expectativas e estimule o investimento, o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Por isso precisamos avançar nas reformas estruturais, sobretudo a tributária e a administrativa.

A indústria precisa de uma economia organizada, com regras claras, com soluções adequadas para os principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho.

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