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Aceleração do crescimento depende de reformas, reafirma presidente da CNI

Por Agencia CNI - Publicado 24 de maio de 2007

As afirmações foram feitas pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Mont

Monteiro Neto:

Monteiro Neto: "O país finalmente começa a entrar num ciclo de crescimento mais acelerado"

Brasília – O Brasil vive um momento de otimismo, com bons indicadores macroeconômicos, que favorecem o crescimento econômico mais vigoroso. Porém, as reformas estruturais continuam sendo vitais para que o crescimento seja contínuo, duradouro. As afirmações foram feitas pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, ontem à noite, na entrega do Prêmio Parceiros do Desenvolvimento, promovido pelo jornal Correio Braziliense, com o apoio institucional da CNI.

"Vivemos um momento de otimismo. O país finalmente começa a entrar num ciclo de crescimento mais acelerado, provavelmente na faixa dos 4,5% ao ano, o que nos estimula cada vez mais a acreditar e investir", afirmou Monteiro Neto, durante a cerimônia de entrega do prêmio. "É um bom momento para o Brasil, que conquistou condições que raramente se combinaram. Mas o país precisa não se conformar com esses resultados do presente, precisa se preocupar com o futuro", avaliou.

Para cuidar do futuro, segundo o presidente da CNI, é preciso avançar na agenda de reformas estruturais. "Se torna imprescindível a realização de uma reforma fiscal que promova um ajuste de longo prazo e permita ao Estado retomar sua capacidade de investimento, de uma reforma tributária que desonere e estimule a produção e o investimento, de uma reforma trabalhista que estimule o emprego formal e de uma reforma da Previdência Social que reduza déficits. E principalmente de uma reforma política, que melhore a governabilidade", defendeu Monteiro Neto. De acordo com ele, é fundamental que, para isso, a sociedade brasileira se mobilize.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também presente à entrega do prêmio, voltou a dizer que o ciclo de crescimento econômico que o país vive hoje é o melhor já visto na história. "É um milagre um crescimento de 4,5% ao ano com uma inflação de 3,5%. Esse mérito não é só do governo, é das milhares de pessoas que acreditam no país", disse Lula.

Ele afirmou, ainda, que muitos empresários "choram" à toa, reclamando que o governo "não fez isso ou aquilo" que eles queriam, não deu as melhores condições para as empresas crescerem. "Mas tem os empresários que acreditam, que não ficam parados chorando, vão trabalhar, vão à luta, e vêem as empresas crescerem. Esse prêmio do Correio Braziliense está coroando empresas que não ligam para o que de ruim possa estar acontecendo", disse Lula. Confirmando o otimismo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que um ciclo virtuoso de crescimento foi criado, mas que dessa vez sem acúmulo de desequilíbrios.

Dez empresas brasileiras foram premiadas pelo Correio Braziliense, em nove setores da economia (o décimo prêmio foi na categoria Economia Local, que pode ter empresas de qualquer setor). As premiadas foram: Usiminas (siderurgia), Gerdau (metalurgia), Vale do Rio Doce (mineração), Cemig (energia elétrica), Petrobras (petroquímica), Gol (transporte), Pão de Açúcar (varejo), Bradesco (financeiro), Sadia (alimentação) e CTIS Informática (economia local).

Na avaliação de Monteiro Neto, as premiadas são empresas brasileiras que conquistaram um patamar de eficiência e são referência no mundo. "Elas se internacionalizaram e são líderes nos setores em que atuam. São empresas que sabem que só por meio do trabalho se conquista o desenvolvimento", destacou o presidente da CNI.

Foto: José Paulo Lacerda

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