Os indicadores de atividade e de emprego na indústria da construção brasileira alcançaram em outubro o maior nível dos últimos sete anos. O índice de nível de atividade alcançou 49,9 pontos no mês passado, valor semelhante ao registrado no fim de 2012, quando o setor estava bem aquecido. O índice de número de empregados ficou em 48,5 pontos, também o maior valor desde outubro de 2012, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira (25), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram queda da atividade e do emprego. No entanto, os dois índices estão muito próximos da linha divisória dos 50 pontos e superam os valores verificados no mesmo mês do ano passado. O nível de atividade é 2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima do de outubro de 2018. “Os resultados consolidam a tendência de crescimento do setor”, observa a CNI.
A utilização da capacidade operacional ficou em 62%, nível que é 3 pontos percentuais maior do que o registrado há um ano e igual à média histórica do setor. “A ociosidade na construção tem diminuído desde maio deste ano”, afirma a pesquisa. “A previsibilidade do setor aumenta em um contexto de inflação controlada e juros baixos, contribuindo para que os empresários fiquem mais propensos a investir e assumir riscos”, afirma a economista da CNI, Dea Fioravante.
EXPECTATIVAS POSITIVAS - Com o cenário mais favorável, o Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) subiu para 62 pontos neste mês. Com o crescimento de 3,2 pontos em relação a outubro, o indicador está 8,4 pontos acima da média histórica, que é de 53,6 pontos. A confiança do setor aumentou, sobretudo, porque melhorou a percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia.
Os empresários também estão otimistas com as perspectivas para os próximos seis meses. Todos os indicadores de expectativas ficaram acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o crescimento da atividade, do emprego, da compra de matérias-primas e de novos empreendimento e serviços nos próximos seis meses.
A disposição para fazer investimentos também melhorou. O índice de intenção de investimentos – compra de máquinas e equipamentos, pesquisa, desenvolvimento e inovação de produto ou processo – aumentou para 37,9 pontos neste mês e está 5,4 pontos acima do registrado há um ano e 4,1 pontos acima da média histórica. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o valor, maior é a disposição do empresário para investir.
Esta edição da pesquisa foi feita de 1º a 12 de novembro com 483 indústrias da construção. Dessas, 167 são pequenas, 208 são médias e 108 são de grande porte.
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