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Atividade industrial cresce em outubro, mas menos que em setembro

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 07 de dezembro de 2020

Indústria de transformação já se recuperou da crise

A atividade industrial cresceu em outubro, mas em ritmo menor que em setembro. As horas trabalhadas aumentaram 1,7% e o faturamento teve alta de 2,2% frente a setembro, após ajuste sazonal. Conforme a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (7), a redução no ritmo de crescimento era aguardada porque, de uma forma geral, a indústria de transformação já se restabeleceu do tombo provocado pela pandemia de Covid-19.

O levantamento mostra ainda que as horas trabalhadas superaram o registrado em fevereiro, antes da pandemia, e é o maior índice de 2020. Outro índice que também é recorde no ano é o de utilização da capacidade instalada (UCI), que aumentou 0,9 ponto percentual na comparação com setembro e atingiu 80,3% em outubro. Além disso, a pesquisa sinaliza que o faturamento médio de 2020, que cresceu em outubro pelo sexto mês seguido, deverá ficar neste fim de ano acima do registrado em 2019.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, normalmente a produção industrial no fim de ano é mais fraca que em meses anteriores, quando ocorre uma alta na atividade para atender as vendas de fim de ano.

“No entanto, em 2020, parte da indústria manterá a produção mais elevada pela necessidade de recompor estoques, que ainda estão baixos, e de entregar pedidos atrasados de meses anteriores, adiados pelas dificuldades do mercado de insumos”, explicou.

O emprego, que teve alta de 0,3% ante setembro após ajuste sazonal, ainda não se recuperou da queda provocada pela pandemia. Esse índice está 1,2% abaixo do registrado em fevereiro. A massa salarial real ficou estável em outubro frente a setembro, mas está 3,4% abaixo do índice de fevereiro. 

Já o rendimento médio real caiu pelo segundo mês consecutivo – 0,2% frente a setembro. Segundo a pesquisa, tanto a massa salarial quanto o rendimento médio real ainda estão sendo afetados pelos acordos emergenciais, que reduziram os salários.

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