O suingue característico dos discípulos de Jackson do pandeiro e uma irreverência no duplo sentido das letras, mostram bem toda a malicia e o bom humor de um nordestino registrado como Severino Xavier de Sousa, mais conhecido como Biliu de Campina. Formado em direito, deixou a profissão de advogado para ser músico, resgatando o forró de raiz. “Larguei o fórum pelo palco para reviver Jackson, o Gonzaga e a história do forró”, confirmou.
Biliu é um forrozeiro que transita pela sua cidade natal tranqüilamente, sendo um referencial e um patrimônio cultural de Campina Grande, maior cidade do interior da Paraíba. É fácil encontrá-lo no meio dos turistas no Parque do Povo e horas depois estar no palco fazendo show. De uma maneira singular, o artista se auto-intitula como o maior “Carrêgo de Campina Grande”.
Biliu lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró o Ano Inteiro e Matéria
Paga. Lançou dois CD´s independentes: Do jeito que o diabo gosta e Forrobodologia. Em 2002, mantendo seu lado irreverente, lançou: Diga sim a Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do combate à pirataria.
Paga. Lançou dois CD´s independentes: Do jeito que o diabo gosta e Forrobodologia. Em 2002, mantendo seu lado irreverente, lançou: Diga sim a Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do combate à pirataria.Foi essa mistura de ritmos, humor e tradição que levou o artista a ser homenageado com o Trofeú Ícone da Cultura do Projeto SESI Forró na Empresa 2008. “Estou emocionado. Este é um reconhecimento do trabalho, ao longo de uma vida, diante do compromisso com a cultura popular e da história nordestina. Tentamos reviver o xote, o xaxado e o baião, ritmos que consagraram grandes nomes, como Jackson do Pandeiro, Marinês, Luiz Gonzaga, entre tantos outros. Esta homenagem é mais uma fonte de inspiração para o artista”, completou Biliu.
Fotografias: Ailson Ramalho