A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano.
A CNI avalia que a condução da política monetária no Brasil e no mundo, durante este ano, foi norteada com o intuito de atender a necessidade de financiamento do setor produtivo privado diante dos efeitos negativos da crise pandêmica sobre a atividade, além de reforçar o papel do crédito como canal de impulso ao crescimento econômico.
A manutenção da Selic em baixo patamar segue importante para a recuperação mais célere da atividade econômica e do emprego em 2021.
“Uma vez que o Copom leva em consideração as perspectivas para a política fiscal nas suas decisões, a manutenção da regra de teto dos gastos públicos e o avanço nas discussões em torno da reforma administrativa são imprescindíveis para permitir a manutenção dos juros baixos por um período mais prolongado de tempo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A CNI avalia, ainda, que a redução da taxa Selic ocorreu sem prejuízo ao objetivo de manter a inflação controlada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apesar do choque nos preços dos alimentos, deve encerar 2020 dentro do intervalo permitido pelo sistema de metas de inflação (4% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo).
E, mais relevante para a decisão desta quarta-feira (9), as projeções para os próximos anos estão abaixo das metas de 3,75%, para 2021, e de 3,5%, para 2022.