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CNI

Conselho de Relações do Trabalho debate conclusões da Conferência Internacional da OIT

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 16 de julho de 2019

Colegiado discutiu atuação da CNI em defesa da reforma trabalhista

As conclusões da Comissão de Aplicação de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nas quais novamente não apontou qualquer violação à Convenção n.98 pela reforma trabalhista, foi o principal tema de debates no Conselho de Relações do Trabalho (CRT) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Reunido nesta terça-feira (16), em Brasília, o colegiado conheceu as principais linhas de atuação, utilizadas na defesa do caso brasileiro para mostrar que o modelo de negociação coletiva trazido pela nova legislação trabalhista está perfeitamente alinhado aos tratados internacionais.

Em 10 de junho, o Brasil foi incluído, pelo segundo ano consecutivo, na lista de países que teriam seus casos analisados pela Comissão de Aplicação de Normas, órgão de controle normativo da OIT. Novamente, a CNI e a bancada de empregadores do Brasil argumentaram que a inclusão do Brasil carecia de fundamento técnico para que a reforma brasileira fosse debatida. Vale lembrar que a OIT já não havia indicado qualquer incompatibilidade entre a reforma e a Convenção n.98 em 2018, quando a legislação foi analisada sob os mesmos argumentos utilizados neste ano.

Entre os 24 países incluídos na lista curta da comissão, o Brasil foi o que mais movimentou o debate na 108ª Conferência Internacional do Trabalho, que ocorreu entre 10 e 21 de junho, em Genebra. Ao todo, 48 representantes de países, empregadores e trabalhadores se inscreveram para se manifestar sobre o caso brasileiro. Desse total, 33 apoiaram o Brasil na defesa da compatibilidade da reforma com a Convenção n.98. “Foi um resultado muito bom. A representação empresarial brasileira amadureceu muito neste ano e fizemos a diferença”, afirmou o presidente do CRT, Alexandre Furlan.

SAÚDE E SEGURANÇA – O CRT também debateu o atual cenário de implementação do eSocial e possíveis impactos para as empresas decorrentes de adiamentos no cronograma de implementação das obrigações na prestação de informações previdenciárias, trabalhistas e tributárias. Os técnicos da CNI reforçaram que o trabalho tem como foco simplificar e reduzir a burocracia e buscar soluções para problemas que ainda permanecem sem solução, como incompatibilidades entre sistemas do governo que têm trazido insegurança jurídica para o setor privado.

Além disso, os conselheiros debateram o cenário atual das discussões acerca da simplificação e da harmonização das normas regulamentadoras, processo desencadeado pelo governo federal. O objetivo da indústria nesse esforço é contribuir para que os padrões de proteção ao trabalhador possam ser alcançados e cumpridos por meio de obrigações que sejam claras e exequíveis. Nesse sentido, o setor privado tem apresentado propostas concretas sobre o que precisa ser melhorado, sem reduzir níveis de segurança no trabalho já definidos na legislação.

Conselhos da CNI - Os conselhos temáticos são órgãos consultivos da Diretoria da CNI. Formados por 30 representantes de Federações de Indústrias e de Associações Nacionais Setoriais, os Conselhos Temáticos se reúnem periodicamente para discutir e apresentar informações e propostas que orientam as decisões da diretoria e as ações da CNI na defesa de interesses da indústria brasileira.

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