Compartilhar

CNI

Desenvolvimento do Brasil passa pelo fortalecimento da indústria nacional, diz presidente da CNI

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 17 de novembro de 2020

Robson Braga defendeu uma política industrial com visão de futuro

A pandemia do novo coronavírus trouxe inúmeros desafios para cidadãos e empresas. Mas, para a indústria brasileira, o momento é de transformar esses desafios em oportunidades. Depois de mostrar resiliência e capacidade de adaptação à nova realidade imposta pela Covid-19, o setor se mobiliza para debater uma agenda para fortalecimento da estrutura produtiva do país e o avanço na agenda de mudanças necessárias para que o país avance na quarta revolução industrial e na economia de baixa emissão de gases do efeito estufa. 

“A indústria é capaz de recuperar a economia de um país. É disso que precisamos neste momento. É preciso ter um projeto de desenvolvimento da indústria brasileira, reindustrializar o Brasil, criar condições para o Brasil ter uma indústria competitiva, eficiente e inovadora”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, na abertura do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que reunirá, em dois dias de painéis e palestras virtuais, associações e executivos da indústria, especialistas e autoridades para discutir o papel do setor no desenvolvimento do país. 

Andrade lembrou que as adversidades trazidas pela pandemia exacerbaram os velhos obstáculos para se fazer negócios no Brasil, reforçando a necessidade de o país continuar avançando na agenda de reformas. A modernização do sistema tributário é passo indispensável para se remover o principal fator do chamado Custo Brasil, que reduz a capacidade das empresas brasileiras de competir, em igualdade de condições com a concorrência mundial, seja no mercado interno ou no comércio internacional.

“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, disse.

“Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”

Pandemia reforçou importância de fortalecer base produtiva

O presidente da CNI lembrou, ainda, que os impactos da Covid-19 sobre as cadeias produtivas globais, com efeitos sobre a disponibilidade de insumos farmacêuticos e respiradores, por exemplo, deixaram evidente a importância de os países fortalecerem suas estruturas produtivas.

Segundo Andrade, a indústria brasileira mostrou-se capaz de se adaptar a esses desafios, por meio de inovação e investimento em tecnologia, ao converter linhas de produção e conseguir suprir o mercado interno com álcool em gel e respiradores, por exemplo.

“Não podemos depender apenas de um fornecedor ou de um cliente. Não podemos produzir tudo, mas podemos produzir mais do que fazemos, com uma indústria forte e diversificada para assegurar o suprimento das cadeias de produção e gerar riquezas”, afirmou.

Para o gerente da Unidade de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Cesar Rissetti, o Brasil enfrenta o desafio de ampliar a produtividade e a competitividade das empresas, num processo que passa por inclusão digital, internacionalização e inclusão das empresas de pequeno porte nas cadeias de valor.

“Estamos juntos com o propósito de tornarmos as nossas empresas, mais eficientes e inovadoras. Com uma indústria mais competitiva, teremos um país capaz de inaugurar um ciclo de verdadeiro desenvolvimento para o país”, afirmou.

Acompanhe os grandes temas em discussão no ENAI 

Em dois dias de evento, o ENAI debaterá os grandes temas associados ao desenvolvimento da indústria brasileira e da economia nacional. Representantes de setores industriais, especialistas, pesquisadores e empresários vão debater temas como reformas estruturantes – tributária e administrativa – a necessidade de formulação de uma política industrial em sintonia com as tendências do século 21, a indústria 4.0 e os processos de transformação digital a sustentabilidade e as novas formas de trabalho. Confira!

Outras Notícias