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Dia do Professor: docentes relatam desafios, conquistas e motivações da carreira

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 15 de outubro de 2021

Conheça histórias inspiradoras de professores das redes SESI e SENAI que acreditam no poder da educação


Nesta sexta-feira, 15 de outubro, comemora-se o Dia do Professor. Eles exercem um papel fundamental na sociedade, pois não apenas ensinam, como participam da realização dos sonhos de muitos alunos, constroem futuros e ajudam a fazer do mundo um lugar melhor. 

Para homenageá-los, a Agência de Notícias da Indústria reuniu histórias de três docentes do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial (SENAI) para representar todos os profissionais que abraçam a educação e dividem suas vidas com a sala de aula.

Cleber Marinho é professor de robótica em Santa Catarina. Inspirado pela família de docentes, sua história soma 18 anos na área da educação. Já Douglas Carioca tem a sua trajetória marcada pela luta da acessibilidade e inclusão. Hoje, atua no Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI) do Ceará. Por sua vez, os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do SESI Belém têm o professor Marcelo Pereira como referência para persistirem nos estudos e não abandonarem a sala de aula.

As redes SESI e SENAI defendem a formação continuada como pilar para um bom desempenho profissional dos seus educadores, que somam mais de 22 mil em todos os estados brasileiros. O aprender para educar é fundamental para que se obtenha bons resultados no processo de ensino e aprendizagem. 

O departamento nacional e os departamentos regionais realizam inúmeras ações que visam o aprimoramento dos docentes. Além disso, eles têm acesso à Universidade Corporativa do SESI e SENAI (Unindústria). Na plataforma, são disponibilizados cursos sobre temáticas diversas, além da formação continuada, a qual contempla cursos planejados para o desenvolvimento dos docentes nas suas práticas educacionais.

Das aulas de informática para os torneios de robótica

Professor do SESI há 18 anos, Cleber Marinho iniciou a sua história na educação como professor de informática em 2003

Professor do SESI há 18 anos, Cleber Marinho é egresso das redes SESI e SENAI. Ele iniciou a sua história na educação como professor de informática em 2003 e, cinco anos depois, começou a se aventurar no mundo da robótica, onde atua até hoje. 

Vindo de uma família em que a mãe e as irmãs são pedagogas, ele acredita que a paixão pela área da educação está no seu DNA. Cleber é formado em Ciências da Computação e não planejava ser professor, no entanto, declara que a educação o escolheu. 

Ele foi o segundo professor a ser contratado da Escola S de Criciúma e lecionava aulas de informática para estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008, a robótica começou a ser inserida na instituição em que trabalhava como oficina para complementar o ensino integral e, após quatro anos, ele já estava participando dos torneios, conciliando a dupla jornada de técnico e professor, uma vez que a robótica se tornou disciplina curricular.

Cleber atua em três categorias da robótica, na FIRST LEGO League Challenge (FLL), na FIRST Tech Challenge (FTC) e no F1 in Schools, como líder, segundo técnico e técnico, respectivamente. Ao falar da carreira consolidada ao longo dos anos na rede SESI, é possível observar o orgulho do professor com o trabalho realizado dia após dia.


“Eu tenho muito orgulho em falar que sou professor, funcionário, ex-aluno do SESI, ex-aluno do SENAI. A rede SESI te dá possibilidades, te abre portas, acompanha o teu crescimento. Você se sente orgulhoso”, declara o professor de robótica.


Para o docente, a formação continuada é outro ponto positivo da rede, pois ele acredita que a preparação dos professores é priorizada para que o ensino dos alunos seja realizado com êxito. Destaca ainda a Unindústria, que, por reconhecer a qualidade dos cursos ofertados, também indica para os seus estudantes.

“A formação continuada dentro da rede é uma das coisas que faz a gente permanecer e acreditar cada vez mais que lutar pela educação, por uma formação, por um país melhor, a partir da educação, deve começar pela formação continuada do docente e a rede SESI e SENAI acredita muito nisso. Se a gente quer realmente ter um país diferente, se a gente quer ter alunos diferentes, parte do professor estar muito bem preparado”, conclui.

Por uma educação com mais inclusão e acessibilidade
 

Douglas Carioca é psicopedagogo, especialista educacional e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e atua como interlocutor do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI) do Ceará

Motivado pelo desejo de ofertar uma educação diferente, com mais acessibilidade, inclusão e qualidade, Douglas Carioca formou-se em pedagogia e, hoje, é psicopedagogo, especialista educacional e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), atuando como interlocutor do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) do Ceará.

O PSAI busca promover a inclusão de pessoas com necessidades específicas, por meio de ações realizadas em diversos eixos de atuação, como educação especial, equidade de gênero, maturidade, diversidade sexual, entre outras causas que envolvem indivíduos em situação de vulnerabilidade social. 


“Então em algum contexto, se precisar de adaptações, nós, juntos com os professores, equipe de gestão das unidades, realizamos essas adaptações. O PSAI entra aí para mitigar ou até sanar todas as barreiras que existem, não só arquitetônica, curricular, mas também as barreiras atitudinais”, explica o professor, que atua há 10 meses no programa.


Douglas iniciou sua história no SENAI como estudante, porque enxergava na educação profissional uma oportunidade de melhor inserção no mercado de trabalho. Mesmo antes de se formar, sempre ensinou em projetos sociais, na igreja, trabalhou com todas as faixas etárias, o que somam oito anos de dedicação à docência. Anos depois, retornou ao SENAI como educador.

“Eu sou egresso da rede SENAI, eu participei da aprendizagem. Hoje, uma das escolas que eu coordeno dentro da aprendizagem industrial é a escola que eu fui aluno”, ressalta.

O professor destaca a importância da formação continuada para a construção do docente e suas práticas educacionais diante da constante inovação do sistema e dos alunos. Para ele, o professor só vai continuar ensinando se continuar aprendendo e enfatiza que a rede prima por isso, pois promove cursos ao longo de todo o ano, além da formação continuada na Unindústria.

“A partir do momento que eu paro de aprender, eu paro de ensinar”, declara o educador.

Segunda chamada para estudar

Marcelo Pereira trabalha com turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola SESI Belém


O prazer em ensinar e ajudar pessoas é a grande inspiração para o professor de matemática Marcelo Pereira continuar na carreira docente. Licenciado e mestre em matemática, graduado em engenharia de produção, o educador atua na rede SESI há mais de três anos. Já ministrou aulas no ensino básico regular, mas atualmente, trabalha com turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola SESI Belém.

Ele conta que atuar na EJA requer grande envolvimento do docente com os alunos, tendo em vista que a maioria deles estudou e parou por algum motivo e, apesar de ter retornado à sala de aula, ainda está propensa a abandoná-la novamente com mais facilidade. Então Marcelo explica que é necessário que o professor desenvolva uma rede de apoio para esses estudantes e motive-os dia após dia a continuarem os estudos e sonharem com um futuro melhor. 

“Nós temos uma preocupação muito grande para não deixar que o aluno saia. Às vezes, os alunos estão desmotivados, vamos lá e conversamos, mostramos que é importante continuarem, estarem conosco e que isso vai ser de grande valia lá na frente, no futuro deles”, relata o professor.

Diante desse contexto de risco de evasão, Marcelo ressaltou ainda a importância do pioneirismo do SESI em implementar a Nova EJA. O tempo de formação é mais curto, por conta do reconhecimento de saberes, e a metodologia de ensino é desenvolvida por áreas de conhecimento, o que facilita a aprendizagem do aluno e direciona-o para o mundo do trabalho.

São muitos os desafios encontrados pelos professores em sala de aula e, para o matemático, é fundamental que o docente aprenda a ensinar o aluno e aprenda a lidar com as diversas situações que envolvem o ambiente escolar.


“O professor tem que aprender a educar, aprender a passar o conhecimento da forma mais simples, mais coeso possível, para que tanto o professor aprenda ensinando quanto para o bom entendimento do aluno”, ressalta.


A paixão pelas ciências exatas de Marcelo, que nasceu ainda quando cursava o Ensino Fundamental, transformou-se em profissão, assim como o desejo em aumentar a inclusão educacional e social, vinda do professor Douglas ou, ainda, a inteligência tecnológica de Cleber. Esses são apenas alguns nomes dos inúmeros docentes que trabalham todos os dias para promover uma educação de qualidade e que acreditam que esse é o caminho para buscar um mundo melhor.

Parabéns a todos os educadores que fazem parte das redes SESI e SENAI!

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