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É possível detectar câncer de mama em estágio inicial com tecnologia nacional!

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 06 de outubro de 2022

Biossensor desenvolvido pelo Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) e pela BMR Medical simplifica detecção precoce de neoplasias


Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. No Brasil, o tipo mais comum, depois do câncer de pele, é o câncer de mama – é ele que causa mais morte por câncer em mulheres no Brasil.

Foi pensando em uma solução de diagnóstico precoce mais acessível e menos invasivo que o Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), em parceria com a BMR Medical, desenvolveu um biossensor eletroquímico de baixo custo para detecção do biomarcador HER-2, uma proteína que fica concentrada em alguns tipos de câncer de mama.

Tecnologia acessível      

A pesquisadora do ISI-EQ, Camila Rizzardi Perverari, explica que o biossensor eletroquímico avalia a quantidade de HER-2 por amostra de sangue e é uma alternativa à biópsia - um procedimento mais invasivo para detecção dessa proteína.


“A biópsia é invasiva, você tem que tirar um pedaço do tecido e analisar pra ver a presença desses biomarcadores. A ideia nesse projeto foi fazer essa avaliação no sangue. Só que detectar isso no início é bem mais complicado. O foco desse projeto foi a detecção, o diagnóstico precoce desse tipo de câncer de mama”, explica.


Outra vantagem do biossensor eletroquímico está no número de amostras: por precisar de pouco volume, há menos resíduo. Além disso, a análise não precisa ser feita por um especialista. “Você não precisa de um profissional altamente treinado para fazer o teste, pode ser até a mesma pessoa que faz a coleta de sangue. Ela recolhe a amostra, centrifuga, pega uma parte e coloca em uma solução. En seguida, pinga essa solução na superfície do eletrodo de apertar start”, aponta Camila.

Biossensor eletroquímico é capaz de detectar o biomarcador HER-2, proteína que fica concentrada em casos de câncer de mama

Parceria pela vida   

Rafael Martinelli de Oliveira, CEO da BMR Medical, conta que o projeto foi pensado para apoiar a tomada de decisão do médico:


“A importância da confirmação precoce da expressão do HER-2 em pacientes diagnosticados com câncer de mama é que o tratamento muda para pacientes positivos com esse tipo de linfoma, e isso pode significar tempo mais curto para o início do tratamento e maiores chances de sucesso”, relata.


A metodologia também pode monitorar o andamento da doença, indicando se o tratamento está sendo eficiente. O biossensor eletroquímico atingiu o nível 6 de maturidade tecnológica: ele foi testado em amostras reais de pacientes. O trabalho foi realizado em parceria do comitê de ética do Hospital Erasto Gaertner, um dos principais centros oncológicos de Curitiba.

Tecnologia já se mostrou eficiente e está em fase de desenvolvimento para o mercado

Os próximos passos

O biossensor eletroquímico já comprovou sua eficácia na pesquisa aplicada. A partir de agora será necessário ampliar o número de amostras. A estimativa da BMR Medical é que a tecnologia chegue ao mercado em até 5 anos.   

Conheça o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica

A parceria entre o Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) e a BMR Medical é fruto do edital SESITECH, que tem por objetivo fortalecer a indústria por meio da inovação.

A coordenadora do ISI-EQ, Agne Roani de Carvalho Jorge, conta que a missão do ISI-EQ vai muito além da busca por soluções: “Queremos fortalecer a indústria por meio da inovação, contribuindo para o aumento da competitividade, mas nossa missão vai além, queremos transformar a vida das pessoas”. 

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