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Emissão de gases de efeito estufa preocupa CNI

Por Agência CNI - Publicado 15 de setembro de 2011

A indústria brasileira apóia a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, mas está
A indústria brasileira apóia a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, mas está preocupada com a possibilidade de o governo atribuir percentuais de emissões de gases do efeito estufa sem que se conheçam essas emissões atuais dos diversos setores. Essa preocupação foi demonstrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a representantes do governo durante a reunião do Grupo de Mobilização Empresarial sobre Mudança do Clima, realizada nesta quarta-feira, 14 de setembro, em Brasília.
 
"Isso é especialmente verdade se considerarmos que a meta voluntária nacional prevê o crescimento das emissões absolutas da indústria, conforme afirmado publicamente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)", afirmou a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.
 
Outra importante preocupação do setor industrial, representado na reunião pelas associações setoriais, federações de indústrias e empresas como Camargo Corrêa, Braskem, Petrobras e Vale, é com o tempo curto para a elaboração de um plano de gestão de carbono, chamado Plano Indústria. Segundo a Política Nacional sobre Mudança do Clima, o plano tem de ser apresentado até 15 de dezembro deste ano.
 
O cronograma de ações conjuntas de governo e setor privado apresentado tanto pelo representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (órgão que coordena o Plano Indústria), Demétrio Filho, quanto pela diretora do Departamento de Mudanças Climáticas do MMA, Karen Suassuna, em que pese algumas divergências, é um ponto de partida para iniciar a elaboração do Plano Indústria.
 
Os representantes da indústria reafirmaram o comprometimento com a gestão de carbono, que irá representar redução das emissões relativas de gases de efeito estufa. Neste sentido, tem expectativa de que o governo considerará as preocupações do setor em busca de um consenso. "Muitas medidas precisam ser tomadas antes de a indústria definir o Cenário de Baixo Carbono do setor para 2020 e se comprometer com qualquer redução de emissão de GEE, em especial realizar o inventário de suas emissões, identificar medidas prioritárias de redução com base no custo-efetividade destas e na sua capacidade de implementação, bem como estimar e considerar o crescimento de cada sub setor da indústria", argumentou Mônica Messenberg.
 
Segundo Demétrio Filho, a visão do ministério é eminentemente de competitividade. "Vamos viver num mundo com restrições de emissões e precisamos nos preparar para viver com isso. A função do plano é ser um instrumento de competitividade, não para atrapalhar", disse.
 
Créditos/imagem: www.ciflorestas.com.br   

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