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Empreendedorismo feminino: liderança e empoderamento da mulher paraibana

Por Coordenação de Comunicação - Publicado 12 de maio de 2020

As mulheres empreendedoras representam 48% dos microempreendedores

De acordo com dados do Relatório Especial do Sebrae (2018), as mulheres empreendedoras representam hoje 48% dos microempreendedores individuais (MEI), atuando principalmente em atividades de beleza, moda e alimentação. Quanto ao local de funcionamento do negócio, 55,4% das MEI estão sediadas na própria casa. A pesquisa constatou, ainda, que as representantes do sexo feminino empreendem por dois motivos: necessidade de ter outra fonte de renda e para adquirir a independência financeira. 

Uma das mulheres que faz parte dessa estimativa é a Marília Costa, 32, cientista e professora universitária. Ela fez o sonho se tornar realidade. Percebendo que em uma sala de aula havia pessoas de vários estados e a procura de um local para dormir enquanto termina a graduação, surgiu a ideia de criar uma startup para o público estudantil. A UniStay ajuda os universitários a encontrar e compartilhar moradia, bem como os proprietários privados a alugar seus imóveis aos estudantes. 

“O projeto surgiu no final de 2017 na feira do Parque Tecnológico da Paraíba. Em 2018, fizemos testes e pesquisas e no final do ano começamos os atendimentos. Liderar a UniStay é um grande desafio. Aprendemos muito em 2019, pois participamos de dois programas de aceleração. O da Inovativa Brasil de Impacto e da Artemísia no edital Lab Habitação. E cada vez mais entendemos nossos desafios de mercado, tecnologia, nicho, etc. Sendo assim, estamos remodelado várias coisas”, conta a fundadora Marília Costa.

Marília explica que por ser mulher empreendedora já passou por algumas situações desafiadoras como, por exemplo, ser a única empreendedora-mulher num programa de formação ou escutar comentários negativos por se envolver no mundo dos negócios. No entanto, existem também aquelas pessoas que conversam e trocam de igual pra igual com ela. Seu desejo é ver outras mulheres sendo encorajadas a entrar nesse mundo para que ela possa conviver e trocar experiências.

Trio de Forró Baião de 3 – Das startups para a música. Outro exemplo de visão empreendedora feminina: fundado há cinco anos pela bancária de Campina Grande, Ana Paula, 41, o trio de forró surgiu de um hobby que a empreendedora e seu esposo tinham e a partir dos trabalhos que eles já desenvolviam em festas de casamentos. Depois que seu marido aprendeu a tocar sanfona, Ana questionou se ele aceitava o desafio de conseguir dinheiro por meio da música. A ideia foi amadurecendo e os dois transformaram o hobby em uma fonte de renda. No final do ano de 2015, um amigo em comum gostou da ideia e se juntou a dupla. Mas somente próximo ao São João de 2016 o trio entrou no mercado.

Sobre as principais dificuldades de entrar no ramo musical, ela conta que é a falta de valorização do artista da terra. O trio é formado por Ana Paula (triângulo e vocal), Wagner (sanfona e vocal) e Téo (zabumba). Apesar das dificuldades, o empreendedor não desiste e encontra novas formas de se reinventar. No caso da Ana, ela percebeu que faltava representatividade. “As pessoas às vezes ficam surpresos quando veem uma mulher cantando e tocando um instrumento em um segmento da música no qual a maioria dos trios de forró é composta apenas por homens”, afirma.

Em relação a crise da COVID-19 que estamos enfrentando, Marília, fundadora da startup, está aproveitando esse momento para fazer pesquisas e atualizar a plataforma. Além de observar o mercado para saber o que vai mudar diante da pandemia. Por esse motivo, estão reavaliando as mudanças necessárias e a sua estratégia. Já Ana sente mais os efeitos da crise, pois o mês de junho é o período que os lucros aumentam devido o São João. Alguns contratos tiveram que ser cancelados por causa da pandemia. Empreender é isso. Mesmo sabendo dos riscos o empreendedor continua acreditando na sua ideia.

Fonte: Sebrae

Texto/Colaboração: Bruna Martins.

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