A criação de novas campanhas de arrecadação e o conserto de equipamentos de saúde foram algumas das iniciativas realizadas pelas federações das indústrias entre os dias 10 e 16 de julho. Nessa semana, as entidades - presentes em todos os estados do Brasil - também produziram e doaram equipamentos de proteção individual (EPI) e continuam aplicando testes de Covid-19 em trabalhadores das indústrias, para auxiliar no combate ao coronavírus.
No Distrito Federal, por exemplo, o Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindiveste) do DF entregaram cerca de um milhão de máscaras de proteção reutilizáveis para o Governo do Distrito Federal (GDF).
No primeiro lote, 454.545 máscaras foram distribuídas pelo governo do DF em abril e, no segundo lote, serão distribuídas 550 mil acessórios de proteção. Além disso, na terceira fase da iniciativa, o convênio prevê a produção de mais um milhão de máscaras, que serão entregues para a rede pública quando as aulas presenciais foram retomadas.
No Mato Grosso do Sul, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS) doou 38 mil máscaras de tecido para a Biosul, que vão ser entregues às indústrias sucroenergéticas e, posteriormente, distribuídas para a população em situação de vulnerabilidade. Ao todo, 21 municípios do estado receberão os donativos.
A ação foi desenvolvida pelo SENAI/MS, que realizou o corte indústrial desses acessórios de proteção. Em seguida, o material foi repassado à indústria têxtil do estado, que realizou os acabamentos das máscaras. A ação irá apoiar famílias carentes, idosos, comunidades indígenas, profissionais da saúde e a população em geral.
A região Sul realiza diversas ações na luta contra a pandemia
Em Santa Catarina, os jovens, que participam do programa Conecte-se, irão receber computadores restaurados para amparar o acompanhamento das aulas on-line. O projeto é promovido pelo Centro Cultural Escrava Anastácia em parceria com o SENAI e o SENAC do estado. As máquinas são doadas e recuperadas por estudantes do curso de manutenção e suporte em informática do SENAI, que realizam serviços de limpeza, conserto, instalação e configuração.
Além disso, em cerca de quatro meses de trabalho, uma força tarefa instalada nos Institutos SENAI de Inovação em Joinville consertou 61 ventiladores pulmonares de Unidades de Tratamento Intensivo de hospitais da rede pública e privada de Santa Catarina. Esse número ainda se elevará e deverá passar de 70, pois 11 ainda estão em fase de calibração ou aguardando peças de reposição, já compradas.
A parceria entre a Cia. Hering e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) também fez a doação de 245 mil máscaras para a comunidade local. A distribuição é feita pela Liga de Doações Conecta SC e o equipamento de proteção é entregue para instituições beneficentes do estado. Atualmente, 290 organizações já receberam os donativos.
No Rio Grande do Sul, o SESI desenvolveu o serviço de Autodiagnóstico de Boas Práticas de Prevenção e Controle da Covid-19 na Indústria. A atividade já atingiu 240 empresas, 86 municípios gaúchos e, aproximadamente, 65 mil trabalhadores. Na prática, a ação é uma metodologia para avaliar as condutas das indústria na prevenção da pandemia.
Ainda, o serviço de Gestão de Casos do novo coronavírus, que realiza a triagem dos trabalhadores para a identificação dos sintomas e prevenção da pandemia, atendeu 65 indústrias, 10 mil pessoas e já ofereceu 6,5 mil testes rápidos.
Outro ponto de destaque no SESI do Rio Grande do Sul é o serviço de Assessoria Técnica para Elaboração do Plano de Contingência, que auxilia as indústrias na elaboração do documento exigido para a retomada segura das atividades. O plano é elaborado por uma equipe multidisciplinar da instituição em parceria com a empresa assistida, o que resulta no desenvolvimento de um programa personalizado e acessível para cada beneficiado.
No Nordeste, campanhas são criadas para arrecadar doações
No Rio Grande do Norte, a campanha FIERN Solidário - da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) - arrecadou, durante esses três meses, cerca de R$ 39 mil em doações na “conta solidária”. A conta foi aberta especificamente para a iniciativa e os recursos foram destinados a sete organizações que realizam trabalhos voluntários.
Por meio da campanha da FIERN, foi possível a aquisição de alimentos, cestas básicas, produtos de higiene e limpeza. A Casa Espírita Bom Samaritano destinou uma parte do dinheiro arrecadado para a colaboração da reabertura do Albergue Noturno de Natal.
Além do mais, a live do Waldonys e do Quinteto da SESI Big Band arrecadou mais de R$ 9.000 de doações em dinheiros feitos por empresas, como Riachuelo, Ecocil e Viperto. Ao longo da apresentação ao virtual, também foram arrecadados 1.000 kg de produtos da empresa 3 Corações: 1.200 unidades de álcool gel, 500 kg de peixe, 500 litros de leite e produtos lácteos e 60 cestas básicas. Os donativos e o dinheiro foram entregues para entidades filantrópicas do estado.
Já em Paraíba, o SESI lançou o Programa de Manejo Clínico, por meio da equipe de gerência executiva de Saúde e Segurança na Indústria. O objetivo do projeto é diagnosticar precocemente os trabalhadores da indústria e a previsão é que cerca de dois mil trabalhadores sejam testados pelo programa. Ainda, as empresas que aderirem à iniciativa poderão realizar o agendamento do teste rápido pelo teleatendimento, o que evita aglomerações e diminui o risco de contágio.
No Ceará, o SENAI e a indústria Mallory estão desenvolvendo uma pesquisa para a criação de um novo aparelho respirador mecânico. O protótipo está sendo desenvolvido em parecia com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). O SENAI/CE e a Mallory também atuam com a manutenção de respiradores do estado.
O Acre investe em testes para os trabalhos da indústria
A Federação das Indústrias do Acre (FIEAC) está, por meio do SESI, disponibilizando a testagem rápida para os colaboradores da Indústria do Cruzeiro do Sul. Os preços cobrados são, praticamente, a preço de custo para os testes do tipo IGG e IGM, que identificam se a pessoa já teve Covid-19 ou se está na fase ativa.
A Federação investiu R$ 250 mil para a aquisição dos produtos e 6 mil exames foram adquiridos para o estado do Acre, em que 2 mil testes são destinados, exclusivamente, para o Cruzeiro do Sul. A aquisição do material irá contribuir para a prevenção e identificação do novo coronavírus nos colaboradores da indústria.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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