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Hora de ajudar as empresas é agora, diz presidente da CNI, em entrevista à TV Brasil

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 19 de maio de 2020

Robson defendeu atuação estratégica para evitar fechamento de empresas

Em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que o impacto da pandemia sobre a indústria é grande e defendeu medidas para preservar a operação das empresas antes que elas fechem as portas.

“O momento de salvar as empresas é agora. Se esperar até chegarem a um estágio terminal, será sem volta. Isso vai desencadear o agravamento da situação, com mais desemprego, diminuição de impostos pagos”, afirmou.  

Andrade explicou que a paralisação do comércio e dos serviços tem consequências imediatas sobre a indústria, que tem nos setores seus principais clientes. “A pandemia também afetou as exportações. Não tem como produzir, sem capital de giro, não tem como se sustentar”, afirmou Andrade. “As empresas precisam de capital de giro e financiamento, mas há muita dificuldade. Pode, sim, ter empresas que não vão sobreviver”, avaliou. 

Entre os principais problemas enfrentados pela indústria, Andrade citou ainda o aumento da inadimplência, a queda na demanda e nos estoques e a dificuldade de importação de insumos. 

A CNI tem apresentado ao Governo Federal uma série de medidas para amortecer o impacto da pandemia na economia. De acordo com o presidente da CNI, as sugestões têm sido bem recebidas e muitas se tornaram medidas de crise. 

No entanto, Andrade pediu uma coordenação para que o país possa planejar a retomada. “Por meio das Federações de Indústrias, temos apresentado as mesmas medidas aos governos estaduais. Mas temos visto medidas muito diferentes sendo tomadas. O que falta é um planejamento desse retorno e das pessoas saberem que ele será implantado no momento possível”, observou.  

Padrão de consumo vai mudar

Robson Braga de Andrade também falou sobre a mudança no comportamento dos consumidores. Pesquisa recente da CNI mostra que 3 em cada 4 brasileiros reduziram o consumo e pretendem manter o nível mais baixo mesmo quando a pandemia passar. 

· Confira a íntegra da pesquisa sobre o padrão de consumo do brasileiro durante a pandemia

“A percepção mudou. Hoje, as compras estão concentradas em alimentos, saúde, vestuário e calçados. a forma de entretenimento mudou. Tudo isso pode gerar diferentes impactos para os setores industriais”, disse. 

Atuação do SENAI no combate à pandemia é destaque 

Por fim, o presidente da CNI destacou o trabalho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que colocou sua estrutura de inovação e tecnologia a serviço do combate ao coronavírus. 

Ele destacou a criação do túnel de desinfecção, pelo SENAI da Bahia, que aumentará a segurança para profissionais de saúde. Também citou o projeto que está sendo financiado pelo Edital de Inovação para a Indústria para a produção de um spray que é capaz de desinfectar superfícies por mais tempo. Segundo ele, o SENAI já investiu mais de R$ 60 milhões na produção de máscaras, equipamentos de proteção individual e tecnologias de combate ao vírus.

“Com isso, demonstramos como o SENAI e o SESI trabalham pela saúde dos brasileiros”, arrematou.

A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise

Acompanhe todas as notícias sobre as ações da indústria no combate ao coronavírus na página especial da Agência CNI de Notícias.

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