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Indústria quer reforma tributária e fim de obstáculos ao desenvolvimento, diz presidente da FIER

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 10 de março de 2022

Izabel Itikawa se reuniu com o presidente Bolsonaro e autoridades em cerimônia pelo Dia da Mulher e defendeu o fim de multas ideológicas e do bloqueio da BR 174


A presidente da Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), Izabel Itikawa, defendeu a reforma tributária e ações para o desenvolvimento da Região Norte e da Amazônia Legal, durante audiência com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, na quinta-feira (10/3).

O encontro ocorreu dentro do “Ciclo Brasil de Ideias: Mulher”, organizado pelo grupo Voto, e contou com a presença de outras 15 empresárias, entre elas a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Cris Samorini. Durante a audiência, Izabel Itikawa avaliou que o presidente se mostrou bastante receptivo. Ela fez a mesma defesa logo em seguida em almoço com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e em jantar com o presidente da Câmara, Arthur Lira.


“A classe empresarial brasileira sonha com um modelo de reforma tributária que agregue impostos de competência da União, Estados e Municípios, simplificando e racionalizando a tributação sobre a produção, comercialização de bens e a prestação de serviços”, afirmou a empresária.


Além disso, Itikawa alertou para a aplicação de multas milionárias e ideológicas contra produtores de arroz, donos de fazenda que foram desapropriadas para a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol.

Interdição da rodovia BR 174 entre 18h e 6h é ilegal

Izabel Itikawa solicitou ainda ao governo início do diálogo com a comunidade indígena Waimiri Atraori. Ela pede uma solução para o fechamento da BR 174, no trecho que liga o Estado de Roraima ao Estado do Amazonas, durante a noite. Há pelo menos 25 anos, os Waimiri Atraori fazem o controle de tráfego na BR. Assim, todos os dias, de 18h às 6h, a rodovia é bloqueada por uma corrente, segundo os indígenas, para proteger os animais de hábitos noturnos e os indígenas que caçam durante a noite. 

No entanto, essa medida mantém Roraima isolada do restante da Amazônia Legal durante a metade do dia e se tornou um grande empecilho para o pleno desenvolvimento da região. A legitimidade do uso da corrente pelos indígenas é alvo de discussão na Justiça Federal de Roraima.

“Além de restringir o escoamento da produção, interfere no prazo de entrega e aumenta os custos de transporte, pois obriga os motoristas a pernoitarem em hotéis entre os Estados, gerando despesas com estadia, horas extraordinárias e alimentação”, explicou a empresária ao presidente.

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