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Indústria Sucroenergética se destaca na Paraíba gerando cerca de 22 mil empregos diretos

Por Coordenação de Comunicação - Publicado 21 de maio de 2020

Na Paraíba o segmento tem sua importância para a economia.

Figurando como um dos setores mais prósperos do país, a indústria sucroenergética usa a cana-de-açúcar como matéria-prima para produzir alimentos, energia e combustíveis. Desde o seu surgimento, setor tem sido de grande importância para a economia nacional, gerando um número considerável de empregos e renda, já que reúne trabalhadores do setor químico e de alimentação.

O Brasil, como grande produtor de cana-de-açúcar, tem se destacado no setor. Na safra 2018/2019, houve uma produção de cerca de 620 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, que serviu como insumo para a produção de 29 milhões de toneladas de açúcar, 33 bilhões de litros de etanol, além de 21,5 terawatts/hora para a rede elétrica do país, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA).

Em todas as regiões do país, o setor tem papel essencial na economia, principalmente na região Nordeste, grande produtora de cana. Na Paraíba o segmento também tem sua importância, tendo injetado na economia do estado, em 2018, cerca de 1,5 bilhões de reais, segundo o Sindicato das Indústrias de Fabricação do Álcool (Sindalcool).

O estado apresenta uma cadeia produtiva de sete usinas, que juntas geram cerca de 21.800 empregos diretos. De acordo o presidente do Sindalcool, Edmundo Barbosa, o setor produz a energia que consome, além de fornecer para o sistema elétrico nacional, cerca de 15 megawatts médios por ano.

Para ele, o Programa Nacional do Álcool, que buscava incentivar a substituição do combustível à base de petróleo pelo combustível à base de cana-de-açúcar, foi o que impulsionou a Paraíba para que o estado se destacasse na produção do álcool etílico, já que quando o programa surgiu, as empresas do setor estavam começando suas atividades, e desde então a produção e o consumo do etanol só aumentou. “No ano passado, o álcool representou, para a sociedade brasileira, 46% do abastecimento, e aqui na Paraíba a nossa participação no abastecimento representa cerca de 20% do abastecimento. Esse percentual, nos últimos quatro anos teve um crescimento muito expressivo, chegando, por exemplo, entre 2019 e 2020, crescer mais de 70% em relação ao período anterior”, explicou Edmundo.

Com a pandemia do novo coronavírus, muitos setores tiveram perdas significativas. Segundo Edmundo, o setor possui, atualmente, cerca de 36 milhões de litros de etanol em estoque e empresas que vendiam cerca de 22 caminhões de etanol por dia, atualmente vende no máximo dois. “Houve uma queda de consumo bastante acentuada em todos os combustíveis, e em relação ao etanol essa queda foi ainda mais acentuada em função da situação mundial em relação ao petróleo”, comentou. “A saída é estimular o consumo de etanol, uma vez que isso está diretamente relacionado a garantia, a manutenção e a preservação dos empregos. Assim, a crise não será tão severa para o setor”, finalizou.


Texto/Colaboração: Igor Batista

 

 


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