O governo pode ampliar as medidas de apoio à competitividade da indústria contidas na nova política industrial. O tema foi discutido na reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), realizada na última quarta-feira, 10 de agosto, no Ministério da Fazenda. No encontro, os empresários pediram ao governo a expansão das medidas do plano Brasil Maior para mais setores, além de ações de defesa comercial e desoneração fiscal. De acordo com os participantes da reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se comprometeu a avaliar as propostas com rapidez.

Entre as propostas apresentadas pelos empresários está o aumento de R$ 48 milhões para R$ 78 milhões do limite de faturamento para médias empresas recolherem impostos com base no lucro presumido. A mudança, de acordo com os industriais, simplificará os processos de recolhimento dos impostos. Foi reforçada também a necessidade de medidas como a inclusão de um número maior de produtos nos canais cinza e vermelho da alfândega, em que há maior rigor no controle de importados, e o aumento da fiscalização de produtos falsificados. 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, avaliou que o Brasil é um dos países que mais atraem produtos estrangeiros, devido ao grande mercado consumidor e às facilidades alfandegárias. “Viramos a bola da vez”, constatou Andrade. 

O empresariado também discutiu com o governo outras formas de compensar a sobrevalorização do real diante do dólar e combater a invasão de produtos importados no país. Entre elas, a redução da taxa de juros básicos e a adaptações das medidas do plano Brasil Maior para mais setores. Além de Andrade e Mantega, participaram da reunião do GAC o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do setor industrial.

Créditos/Foto: Miguel Ângelo.