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Industriais querem participar da agenda ambiental

Por Agência CNI - Publicado 14 de fevereiro de 2007

Representantes do Ministério do Meio Ambiente estão dispostos a discutir com os empresários uma agen

Brasília – Representantes do Ministério do Meio Ambiente estão dispostos a discutir com os empresários uma agenda estratégica que preserve os recursos naturais, sem comprometer os investimentos necessários ao desenvolvimento do país. A afirmação foi feita hoje pelo secretário-executivo do Ministério, Claudio  Langone, na reunião do Conselho Temático de Infra-Estrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Precisamos definir juntos uma agenda de alto nível, com estratégias de longo prazo para o Brasil afastar as ameaças e aproveitar  as oportunidades na área ambiental", disse Langone.

O convite ao diálogo agradou aos empresários. Segundo o presidente do Conselho de Infra-Estrutura, José de Freitas Mascarenhas, a indústria quer contribuir com a construção de uma agenda ambiental. Uma medida importante para o setor produtivo é a definição das competências da União, dos estados e dos  municípios na concessão de licenciamento ambiental, lembrou Mascarenhas.

Na reunião do Conselho,  Langone informou que em 2006, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), concedeu 278 licenças ambientais. Os estados concedem uma média de 100 mil licenças ao ano, sendo que dessas 60% envolvem empreendimentos com características locais. No entanto, apenas 236 municípios têm estrutura para emissão de licenças ambientais, afirmou Langone. Por isso, o Ministério do Meio Ambiente pretende definir as competências e capacitar 7 mil gestores em todo país para atuarem com licenciamento.

O secretário lembrou ainda que o Brasil tem um patrimônio natural valioso, que oferece uma série de oportunidades para aumentar a inserção do país na economia mundial. "Com a ameaça do aquecimento global, a questão ambiental vai pautar a estratégia econômica. Por isso, o governo e os empresários precisam ver o ambiente como uma oportunidade de negócios e de projeção do Brasil no mundo", afirmou Langone. 
 

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