Em março, no início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, empresas de todo país se viram em uma situação inesperada. Algumas foram obrigadas a fechar as portas por tempo indeterminado. Outras faziam parte dos serviços considerados essenciais e precisaram se reorganizar para atender as exigências e seguir os cuidados necessários. Entretanto, nada disso desanimou os trabalhadores da indústria, pois desde o início, o Serviço Social da Indústria (SESI) ofereceu vários serviços para auxiliar a todos.
Os donos da empresa capixaba Balarini Eletrodiesel, por exemplo, resolveram parar as atividades durante quatro dias, ainda em março, para planejar e ajustar o ambiente de trabalho para evitar a transmissão da Covid-19. Entre as medidas planejadas e que até hoje estão presentes na rotina da empresa estão o controle de temperatura dos funcionários na entrada da empresa, intensificação da limpeza de todo ambiente e equipamentos com água sanitária e uso de barreiras de proteção e isolamento de áreas.
“Além disso, obrigamos o uso de máscara em todas as áreas da empresa, inclusive no serviço administrativo onde não era costume”, conta a supervisora administrativa, Renata Balarini, que conta com a mão-de-obra de 21 funcionários.
Para reforçar a proteção dos funcionários, em junho a empresa contratou o SESI para realizar testes rápidos para detecção do coronavírus na empresa. Foram confirmados sete casos de Covid-19 entre trabalhadores, todos assintomáticos. “Na mesma hora, encaminhamos eles para casa para que pudessem se cuidar e não oferecer risco aos demais”, conta Renata. “Depois disso, não tivemos mais nenhum caso. E já se passaram mais de 40 dias com a contenção de casos”, complementa a supervisora.
Renata destaca que o segredo de conter a disseminação do coronavírus está na comunicação adequada. Na empresa, há cartazes com orientações para evitar o contágio em pontos de maior circulação de trabalhadores e sinalizações para se manter o distanciamento entre as pessoas, medidas em linha com as recomendações do protocolo elaborado pelo SESI. “Tudo isso é reforçado com muita comunicação direta com os trabalhadores e, em alguns casos, eles têm de ler e assinar para mostrar que estão cientes e comprometidos com as medidas”, diz.
Comunicação é a alma do negócio e da prevenção
Transmitir orientações de forma clara e eficaz sobre os modos de prevenir o coronavírus no ambiente de trabalho também é central na estratégia da indústria maranhense Cimento Bravo, que tem 105 empregados. Além de cartazes orientativos em diversos lugares, a empresa realizou a Blitz SESI contra a Covid-19: iniciativa que leva às empresas especialistas em saúde e segurança no trabalho para realizar palestras com trabalhadores para esclarecer dúvidas e reforçar a importância de se adotar as medidas de prevenção contra o coronavírus.
“Além disso, com a pandemia tivemos de empoderar os gestores para que reforcem a comunicação com suas equipes”, destaca a gerente de Recursos Humanos, Gleyse Cardoso.
“Eles sempre foram envolvidos na gestão de saúde e segurança no trabalho, mas agora estão ainda mais engajados”, completa.
A Cimento Bravo construiu o próprio protocolo de enfrentamento à pandemia com base nos decretos locais, que foi lançado em abril, quando a empresa fez uma breve parada para organizar as atividades. Somente os trabalhadores da produção voltaram para o ambiente laboral. Os empregados da parte administrativa estão em home office desde aquela época. “Mas estamos planejando o retorno deles ao trabalho para agora em agosto. Para isso, estamos realizando 164 testes rápidos para detecção do coronavírus em todos os trabalhadores, incluindo terceirizados”, relata Gleyse.
SESI apoia mais de 2,5 mil empresas em ações de enfrentamento ao coronavírus
O SESI atende mais de 2,5 mil empresas, que empregam 23 mil trabalhadores, em ações de enfrentamento à pandemia. Dessas empresas, 40% são de pequeno porte e 47% são médias.
Nas últimas semanas, o serviço mais procurado foram consultorias para ajudar gestores a planejar a retomada segura das atividades produtivas.
A instituição também apoia as indústrias nas implementação de ações de enfrentamento como campanhas de vacinação contra H1N1, testes rápidos e RT-PCR, para detecção do coronavírus entre os trabalhadores e, ainda neste mês, lançará serviços de telemedicina para acompanhar casos suspeitos e confirmados de Covid-19.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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