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CNI

Iniciativas de rede mobilizada por SENAI e CNI já somam R$ 336 
mi para o combate à pandemia

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 09 de junho de 2020

Entidades mobilizaram 380 indústrias em ações de enfrentamento à Covid

Embora duramente afetadas pela crise econômica decorrente do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, empresas colocaram suas capacidades técnicas e produtivas para ajudar governos e a população no combate ao novo coronavírus. Uma rede coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) já mobilizou 380 indústrias de diversos portes, e suas respectivas entidades representativas, bem como federações estaduais nessa cruzada solidária.

Até o momento, essa rede já investiu cerca de R$ 336 milhões em diversas ações de todas as regiões do país. Uma das principais iniciativas é a manutenção e o conserto de centenas de respiradores mecânicos que estavam desativados. Ao todo, já foram recebidos 3,4 mil respiradores, dos quais 1.318 mil já foram consertados e devolvidos a unidades de saúde de 223 municípios. Os aparelhos, que estavam sem uso, passaram por reparo em 40 postos de manutenção localizados em 20 estados. 

Além disso, a indústria já produziu milhões de equipamentos para hospitais, trabalhadores e população em geral – a maioria destinada a doações. São quase 20 milhões de máscaras cirúrgicas, 15,3 milhões de máscaras de uso comum, 365 mil protetores faciais (face shields). 

Na conta, também entram 505 mil litros de álcool antisséptico (gel, líquido e glicerinado), 300 mil pares de luva e 495 mil vestimentas para profissionais de saúde (aventais, capotes, toucas e propés). 

Outra iniciativa importante é a parceria que o SENAI firmou com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do governo federal, e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em torno do lançamento de uma edição especial do Edital de Inovação para a Indústria, para financiar projetos voltados ao desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao coronavírus. Ao todo, foram selecionados 25 projetos para prevenção e diagnóstico da Covid-19, como a produção de teste rápidos para detecção da doença.

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A entidade está ofertando, ainda, centenas cursos técnicos e profissionais gratuitos para milhares de jovens e trabalhadores em todo o país, e colocou à disposição dos governos seus 84 institutos de tecnologia e inovação para o desenvolvimento de meios de minimizar a disseminação do vírus, como a criação de novos métodos prevenção e de detecção do vírus. Um dos destaques é o aparato desenvolvido pelo Instituto de Inovação SENAI CIMATEC, da Bahia, utilizado para desinfetar funcionários de hospitais quando chegam trabalho e quando retornam para casa.

Conheça mais detalhes dos investimentos realizados pela rede mobilizada pela CNI e pelo SENAI, bem como alguns dos impactos das diversas iniciativas.

1. SENAI aposta na inovação para encontrar soluções no combate à Covid-19 

Dentre o conjunto da ações realizados pelo SENAI, a iniciativa de maior valor é o aporte, via Edital de Inovação para a Indústria, de R$ 15 milhões em cerca de 25 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para se colocar no mercado, no curto prazo, produtos e soluções – como testes rápidos de detecção da doença – para se prevenir e diagnosticar a covid-19. 

Ao todo, 25 projetos já foram selecionados, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) – que, juntas, também destinaram R$ 15 milhões próprios aos projetos. 

Investimento SENAI: R$ 15 milhões

Além disso, um grupo de 250 empresas receberá mentoria gratuita do SENAI para fabricar equipamentos de proteção individual (EPIs), pivotar ou ampliar a produção existente. A lista de selecionadas está disponível no site do Edital de Inovação para a Indústria. O treinamento online, que tem duração de oito horas, será realizado pela rede de 27 Institutos SENAI de Inovação e 60 Institutos SENAI de Tecnologia distribuídos pelo país. 

Os participantes serão orientados a elaborar máscaras e aventais hospitalares, protetores faciais e máscaras domésticas, entre outros. Os consultores do SENAI vão ajudar as empresas a criar um plano de ação para realizar o trabalho, orientar sobre as especificações técnicas exigidas na fabricação de cada item e a necessidade de consulta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Vão também sugerir linhas para financiamento caso seja necessário fazer algum investimento. As mentorias nas empresas serão de 8hs, a distância e deverão estar finalizadas até o dia 30 de junho.

2. SENAI coordena rede de conserto de respiradores  

As medidas adotadas também mostram que, com baixo investimento, os benefícios à sociedade podem ser expressivos. Coordenada pelo SENAI, a iniciativa de manutenção de respiradores mecânicos, em parceria com 20 empresas e institutos de pesquisa: ArcelorMittal, Estúdios Globo, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Fio Cruz, Ford, General Motors, Honda, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Troller, Usiminas, Vale e Volkswagen do Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da ABEClin. A rede já recebeu 3.447 equipamentos, que estão sendo consertados sem custo para os hospitais. Destes, 1.318 já foram entregues (dado de 08/06). Em manutenção, 1.434 respiradotes. Em calibração, 150. 

A meta da iniciativa é consertar 3.600 respiradores que estão fora de funcionamento Brasil afora, com custo estimado de R$ 5 mil para cada equipamento. Assim, para o sistema de saúde, deve haver uma economia de R$ 18 milhões para recolocar os ventiladores novamente em operação.  

 Investimento SENAI: previsão de chegar a R$ 10 milhões

 Impacto qualitativo: potencial de salvar 36 mil vidas (2 vidas por mês por respirador, durante 5 meses) 

3. SENAI também atua no apoio à produção nacional de respiradores

Além de fazer o reparo, o SENAI também está apoiando a produção nacional dos aparelhos com, pelo menos, 5 mil novos equipamentos fabricados no Brasil sendo destinados ao sistema de saúde.  

Investimento SENAI: já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria

Impacto quantitativo: estima-se uma economia de até R$ 125 milhões para o sistema de saúde, pela substituição da importação de 5 mil respiradores a um custo unitário médio de US$ 15 mil por respiradores nacionais, com custo unitário médio de R$ 50 mil. 

Exemplo: O SENAI – SC apoiou a empresa Leistung a formar uma parceria com a WEG, de tal forma a aumentar a produção de 5 para 50 respiradores ao dia, totalizando assim uma produção de até 500 respiradores que serão fabricados por este consórcio.

4. Investimento para ampliação do número de testes rápidos

A ampla testagem da população para detecção de focos da Covid-19 é medida essencial para a rápida detecção e o controle mais efetivo da disseminação do coronavírus na população. Com o objetivo de contribuir para o aumento do número de diagnósticos realizados, o SENAI está apoiando iniciativas que levem ao aumento da oferta de testes rápidos a custos menores. 

Investimento SENAI: valor já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria

Impacto quantitativo: responsável por um dos projetos financiados pelo Edital, a empresa Hi Technologies ampliará a oferta de 10 mil para 500 mil testes rápidos por mês, com o custo unitário sendo reduzido de R$ 130 para R$ 60. Com isso, estima-se uma economia de R$ 35 milhões por mês para os consumidores e para o sistema de saúde.

Ainda dentro da iniciativa de ampliar o número de testes rápidos (examos clínicos PCR), o SENAI tem capacidade de processar, em seus laboratórios, mais de 1,2 mil testes padrão ouro da Organização Mundial da Saúde (OMS) por dia, sendo 1 mil no Instituto SENAI de Inovação de Química Verde, no Rio de Janeiro, e 200 no Instituto SENAI de Inovação em Saúde, em Salvador.

 Investimento SENAI: valor já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria 

5. Produção de EPIs contribui para o esforço de prevenção

O SENAI atua, também, no apoio às empresas para que ampliem a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs), tanto hospitalares quanto de uso comum. Além de fabricar os materiais em suas instalações, o SENAI oferece consultoria e suporte a empresas na especificação e fabricação dos produtos, pela fornecimento de fichas técnicas e treinamentos gratuitos, e no desenvolvimento de novas tecnologias. Outra linha de atuação é a oferta de material antisséptico para ampliação da produção nacional e substituição de insumos importados. A produção é realizada pelo SENAI em todo Brasil e pela rede de 380 empresas parceiras e soma o equivalente a R$ 298.140.000.

Impactos quantitativos: no apoio às empresas para a produção de EPIs, o SENAI já ofereceu treinamentos e fichas técnicas para a produção de máscaras hospitalares, protetores faciais (faceshield), luvas e álcool antisséptico. Também apoiou na produção, doação e distribuição dos seguintes itens em 23 estados brasileiros, com apoio das empresas parceiras. Os dados de produção abaixo são de 1º/06:

- 19,9 milhões de máscaras cirúrgicas: R$ 199 milhões

- 495 mil vestimentas hospitalares (aventais, capotes, toucas e propés): R$ 9,9 milhões

- 365 mil protetores faciais faceshield: R$ 3,65 milhões

- 505 mil litros de álcool antisséptico (gel, líquido e glicerinado): R$ 9,09 milhões

- 15,3 milhões de máscaras de uso comum: R$ 76,5 milhões

6. SENAI segue apoiando a formação e a qualificação profissional

O período de afastamento social pode ser oportunidade para aprimorar o conhecimento e adquirir novas competências. Com o objetivo de apoiar a requalificação do trabalhador da indústria, o SENAI ofereceu acesso gratuito a cursos em temas como Indústria 4.0 e digitalização de processos produtivos, entre outros.

Investimento SENAI: R$ 13,6 milhões

Impacto qualitativo: mais de 580 mil matrículas

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Acompanhe todas as notícias sobre as ações da indústria no combate ao coronavírus na página especial da Agência CNI de Notícias.

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