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Inovações de acessibilidade para pessoas com deficiência

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 03 de dezembro de 2020

SENAI destaca soluções inovadoras para pessoas com deficiência

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) destaca soluções inovadoras criadas por estudantes a partir de problemas reais. Os produtos auxiliam tanto na aprendizagem como no mercado de trabalho 

Inovação e design são grandes aliados da inclusão de pessoas com deficiência, desde a escola até o mercado de trabalho. Na última edição do Inova SENAI, em que estudantes defendem seus projetos de inovação desenvolvidos em sala de aula, três projetos se destacaram por apresentar produtos que facilitam o dia a dia de pessoas com diferentes tipos de deficiência. 

“A acessibilidade é um tema que desperta interesse dos nossos estudantes. Eles buscam soluções para problemas reais, as ideias nascem da indústria, que, muitas vezes, lança o desafio e provoca os alunos”, explica o gerente de Educação Profissional do SENAI, Felipe Morgado.

Confira os projetos:

1. Brinquedo para aprender matemática

Ensinar matemática para pessoas com deficiência visual é geralmente feito com o ábaco, que precisa ser integrado ao braille. Para simplificar a assimilação por parte do aluno e também estimular a interação com outros estudantes sem deficiência, estudantes do SENAI Mario Amato, de São Bernardo do Campo (SP), criaram o Mathbraille.

Em formato decagonal, o brinquedo tem oito peças, sendo que quatro são numéricas, duas de sinais matemáticos e duas que funcionam como eixo de rotação e travamento do jogo. 

A fase de desenvolvimento do produto teve a participação de PCDs visuais. O principal desafio foi atender as necessidades no que diz respeito à ergonomia do produto bem como na facilidade de manuseio.

“Aprimoramos com base na opinião dos PCDs. Levamos em duas instituições e, a partir dessa experiência, vimos que ele precisava melhorar ergonomicamente. Então, mudamos o tamanho”, lembra o orientador Cesar Barbosa.

Além de proporcionar o ensino, desenvolvendo a percepção tátil do PCD-visual e de baixa visão, com o alfabeto em braile e as operações básicas (adição, subtração, multipliqcação e divisão), o produto aproxima e proporciona interação social com as outras crianças e os adultos.

2. Travesseiro despertador para surdos

Já imaginou como seria difícil acordar todos os dias sem o barulho do alarme? Os cerca de 30 milhões de brasileiros com deficiência auditiva passam por essa situação. Para auxiliar a levantar na hora certa, a solução encontrada por estudantes gaúchos veio em forma de travesseiro. 

A ideia surgiu depois que alunos do Centro de Formação Profissional do SENAI Garibaldi (RS) receberam a demanda da empresa Sonomais, de Bento Gonçalves (RS), de desenvolver kits ortopédicos.

“Percebemos que havia um mercado muito vago para pessoas surdas. Fomos atrás, procuramos, investigamos e descobrimos que muitas pessoas surdas acordam com um celular que vibra embaixo do travesseiro. Buscando mais informações, vimos que é prejudicial para a saúde delas, porque o celular emite ondas de rádio frequência”, ressalta a aluna Dhienefer Uliana.

Para programar o horário, a pessoa usa um aplicativo. Na hora selecionada o dispositivo dentro do travesseiro é acionado e vibra, aliando conforto e independência para os usuários

3. Mesa adaptada para ambiente de trabalho

A falta de mobiliário adequado para pessoas com deficiência é um dos problemas enfrentados para promover a acessibilidade dentro do mercado de trabalho. Essa situação chamou a atenção dos estudantes do SENAI de Juazeiro do Norte (CE). O grupo começou a desenvolver o projeto em 2019 e precisou passar por diversas etapas até chegar ao design final. 

A AdapTable conta com um sistema fácil e eficaz de ajuste vertical de altura automatizado, que funciona com um mini motor elétrico, acionado por uma chave reversora. Além disso, a largura é maior, ideal para cadeirantes. Para conforto e ergonomia, tem apoio de braço.

Cada detalhe da AdapTable foi pensada para o funcionário PCD, para fazê-lo se sentir confortável e incluído em seu âmbito profissional. Por ser uma mesa com ajuste de altura fará com que o usuário tenha maior autonomia em suas atividades sem precisar da ajuda de outros fazendo com que eles se sintam mais confiante e independente. 

“Olhando produtos semelhantes ao nosso, muitos não têm a largura correta, não levantam e são caros. Para a maioria das grandes empresas, que têm vários funcionários PCDs, era preciso uma opção com melhor custo-benefício”, conta a estudante Anaially Ferreira.

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