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Lula defende política industrial e critica taxa de juros em evento na CNI

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 14 de agosto de 2024

Presidente da República participou, ao lado do presidente da CNI, Ricardo Alban, da mesa de abertura de seminário que celebra os 30 anos da revista Carta Capital


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a nova política industrial brasileira e criticou a taxa básica de juros, durante evento realizado na manhã desta quarta-feira (14) na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ao lado do presidente da CNI, Ricardo Alban, Lula participou da abertura do Fórum “Um Projeto de Brasil” – seminário que marcou os 30 anos da revista Carta Capital.

De acordo com Lula, a nova política industrial brasileira se propõe a aumentar a complementariedade com os biocombustíveis e adensar as nossas cadeias produtivas.“Os ônibus elétricos que circulam em nossas metrópoles poderiam ser produzidos na América Latina e não do outro lado do mundo. Temos tudo para nos tornar um elo importante na cadeia de semicondutores, baterias e painéis solares”, afirmou.


Em seu discurso, Lula também defendeu a recuperação da indústria bélica brasileira. “A indústria da defesa precisa ser forte, precisa funcionar, porque ela gera tecnologia, ela gera emprego”, disse.


Assim como a CNI, Lula tem criticado com frequência a elevada taxa básica de juros do país, que atualmente está em 10,5%. “Baixar o juro é uma briga eterna. Mas mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro”, discursou o presidente.

Lula também voltou a criticar a União Europeia pelos obstáculos para a conclusão do acordo comercial com o Mercosul. Afirmou que o Brasil e seus parceiros no bloco sul-americano fizeram a sua parte e que agora cabe aos europeus resolverem as suas pendências.

O presidente disse, ainda, que o Brasil está pronto para firmar o acordo Mercosul-União Europeia. “Agora depende da União Europeia porque nós aqui já decidimos o que queremos, e já comunicamos eles. A UE que se vire com a França que tem dificuldade com os produtos agrícolas brasileiros. Certamente, teria que disputar com nosso queijo de minas, nosso vinho do Rio Grande do Sul”, pontuou Lula.

Lula também ressaltou a preocupação do governo brasileiro com as questões climáticas e reforçou que a participação do Brasil na Conferência de Biodiversidade da ONU (COP 16 de Biodiversidade), em outubro, na Colômbia, e que a realização da Conferência do Clima (COP30) no Brasil, em 2025, serão oportunidades para os países da América do Sul liderarem os esforços em direção ao desenvolvimento sustentável e à descarbonização, mostrando uma visão coletiva sobre a importância do combate ao aquecimento global.

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