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Lula diz que CNI é aliada no esforço pela inovação

Por Agência CNI - Publicado 03 de agosto de 2010

Brasília - Lula afirma que investimentos em inovação são necessários para ampliar a competitividade

                                                                      Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações de indústrias são parceiras do governo no esforço para aumentar a inovação no país. “Nós estamos combinando com as empresas, com as federações das indústrias, com a CNI, com o Sebrae, um jeito de motivar os empresários brasileiros a entrarem para valer na questão da inovação”, afirmou Lula, durante o programa Café com o Presidente, transmitido por uma rede nacional de rádios nesta segunda-feira, 2 de agosto.

Segundo Lula, os investimentos em inovação são necessários para ampliar a competitividade do país. “Nós precisamos ficar mais competitivo, melhorar a qualidade dos nossos produtos e, isso, obviamente, está ligado à inovação”, destacou Lula. No mesmo programa, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende,explicou os incentivos à inovação previstos na Medida Provisória 495/2010, editada pelo governo em 19 de julho. “A medida provisória desonera de impostos a subvenção econômica de modo que as empresas têm um incentivo maior para investirem em inovação”, disse Rezende.

PRIORIDADE DA INDÚSTRIA - Na avaliação da CNI, a inovação é um dos requisitos indispensáveis para o crescimento sustentável da economia brasileira. “O Brasil demanda um esforço ainda maior para a inovação, sobretudo por causa das características da estrutura industrial, dos custos, dos fatores de produção e dos desafios da competitividade mundial”, afirma o documento A Indústria e o Brasil, uma Agenda para Crescer Mais e Melhor, que a CNI entregou aos candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) no dia 25 de maio.

O documento faz um diagnóstico da inovação no país. Mostra que apenas 33,4% das empresas brasileiras desenvolveram algum produto ou processo novo entre 2003 e 2005. “Esse percentual é sistematicamente inferior à taxa de inovação dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) e reflete a distância entre empresas industriais brasileiras e empresas dos países desenvolvidos”, afirma o documento.

A mudança desse cenário e o aumento da competitividade brasileira dependem da ampliação do número de empresas que inovam. Por isso, além dos incentivos oficiais e do aperfeiçoamento das linhas de crédito e das políticas públicas, a CNI defende que a inovação faça parte da estratégia das empresas. Para mobilizar as empresas para a importância em inovar, a CNI criou a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).
Uma das ações da MEI é a criação de núcleos de inovação em parceria com as federações estaduais de indústrias e associações setoriais. Os núcleos pretendem estimular a inovação, capacitar e apoiar as empresas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores.

O documento A Indústria e o Brasil – Uma Agenda para Crescer Mais e Melhor foi consolidado a partir das sugestões de 1.500 empresários reunidos no 4º Encontro Nacional da Indústria (Enai), que a CNI realizou em 17 e 18 de novembro de 2009. As propostas que traduzem a visão dos industriais sobre os desafios que o país precisa vencer de 2011 a 2014 servirão de base para os debates do 5º Enai. No encontro, que a CNI realizará em novembro, em Brasília, líderes sindicais da indústria e empresários discutirão a agenda que a indústria apresentará ao novo governo.


Ouça  "Precisamos ficar mais competitivos", destaca Lula
Foto: unimulti.blogspot.com

 

 

 

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