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CNI

Maior desafio para a área de infraestrutura é aumentar investimentos privados

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 21 de fevereiro de 2019

Os conselheiros também discutiram as condições atuais do mercado

A modernização da infraestrutura no Brasil passa inevitavelmente pelo aumento dos investimentos privados e pelo fortalecimento das agências reguladoras. Os dois pontos destacados são consenso no Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O desafio maior hoje é ampliar a participação privada já que o poder público tem baixa capacidade de investimentos”, afirmou o economista Cláudio Frischtak, sócio da Inter B Consultoria e integrante do Coinfra.

Os conselheiros se reuniram na manhã desta quarta-feira (20) para tratar das perspectivas da economia e da infraestrutura para 2019. Os números mais recentes mostram que o país investiu entre 2001 e 2017, em média, 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, percentual excessivamente baixo na comparação com países desenvolvidos e com parceiros dos Brics. O ideal é que o Brasil invista acima de 4% para ganhar eficiência logística e passar a ter um transporte de qualidade.

De acordo com Frischtak, grande parte da infraestrutura do país tem mais de três décadas e apresenta baixo nível de manutenção, elevados custos de operação, perdas significativas de eficiência e risco não trivial de integridade física. “Os ativos de infraestrutura não são eternos. Necessitam de manutenção, modernização e reabilitação, sob o risco de perderem eficiência, aumentarem os custos e, no limite, colocar-se em risco a integridade física dos equipamentos”, destacou o economista.

GÁS NATURAL - Os conselheiros também discutiram as condições atuais do mercado e o que precisa ser feito para ampliar a oferta e garantir preços competitivos ao gás natural. De acordo com o especialista Edmar Almeida, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o aumento na concorrência na produção, no transporte e na distribuição do gás natural depende de um novo marco regulatório para o setor.

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