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Na escola do SESI, o laboratório de ciências cabe na palma da sua mão

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 24 de março de 2022

O dispositivo já faz parte das aulas de ciências da rede SESI e comporta diversas funções de ciências gerais, meio ambiente, física e bioquímica, além de substituir mais de 20 instrumentos tradicionais


Que tal fazer ciência fora do laboratório? Sem jalecos, pipetas e mais tecnologia. Com o Labdisc você tem a ciência na palma da mão, de forma fácil e rápida. O dispositivo transforma cada aula em uma experiência dinâmica, divertida e inspiradora. Não surpreende que a rede de escolas do Serviço Social da Indústria (SESI) tenha sido a primeira privada a utilizar a tecnologia no país.  


“Com o equipamento, podemos formar pequenos pesquisadores. Os laboratórios velhos, gigantes e imóveis ficaram para trás. Agora, o novo laboratório de ciências é portátil, leve e eficiente”, avalia a professora Felícia Sousa, que leciona ciências na Escola Pimenta Bueno, do SESI em Rondônia. 


O aparelho, menor que um CD, substitui mais de 20 instrumentos tradicionais, conta com até 15 sensores diferentes e varia entre quatro modelos com funções específicas por área: Labdisc Gensci, Biochem, Enviro e Physio, que trabalham ciências gerais, bioquímica, meio ambiente e física, respectivamente. 

O pequeno disco permite que os alunos calculem pressão atmosférica, latitude e longitude, velocidade, umidade relativa ambiente, potencial hidrogeniônico (PH). Além de servir como GPS, calorímetro, sonda de temperatura submersível, e outras utilidades. 

O Labdisc pode ser usado individualmente ou com o auxílio de aplicativos que potencializam seus recursos. Via bluetooth ou por meio de um cabo USB, é possível mesclar os dados coletados e organizar em vários modelos de tabelas e gráficos do aplicativo. E não só isso, o dispositivo também se conecta a robôs, como os usados nas aulas de robótica. 

No método tradicional, o professor precisaria de diversos equipamentos para coletar os dados necessários, saber manusear cada um deles, além de digitar as informações obtidas. 

CONFIRA A IMPLEMENTAÇÃO DO LABIDISC NAS ESCOLAS DA REDE SESI

Aulas mais divertidas e práticas 

Mariana Aroni, 11 anos, é aluna do SESI e conta que o Labdisc deixou as aulas mais práticas e divertidas. Ela lembra de uma experiência sobre sensação térmica realizada na sua turma com o auxílio do dispositivo, em que a professora de ciências colocou água em três recipientes e com temperaturas diferentes, medidas com o Labdisc.  

No primeiro, a água estava em temperatura ambiente, no segundo recipiente a água estava fria e o último continha água quente. A ideia era que o aluno mergulhasse a mão nos diferentes recipientes e cronometrasse o tempo em cada temperatura.  


“Alguns aguentaram mais tempo que outros. Esse experimento mostrava que cada corpo interpreta os estímulos térmicos do ambiente de uma maneira. O Labdisc reforça ainda mais o ensino e faz com que a gente aprenda se divertindo, de uma maneira prática e eficiente”, declara Mariana. 


Para Felícia Sousa, é exatamente esse o efeito que se espera ao usar um instrumento como laboratório portátil. “Sinto-me privilegiada em ser uma das primeiras educadoras do país a ter acesso a essa tecnologia. É muito recompensador ver novamente os alunos interessados e entusiasmados com as aulas de ciências”, destaca a professora.

SESI será pioneiro na produção de conteúdo 

Para uma geração tão ligada à tecnologia, é fundamental que a escola adote estratégias para apresentar a ciência em uma linguagem mais fácil e atual, como o Labdisc. Os professores do SESI também serão os primeiros a produzir conteúdo em português sobre o uso da tecnologia na educação para o Youtube. 

A professora explica que o Brasil ainda está longe de países desenvolvidos quando o assunto é o uso de tecnologias educacionais, mas que o SESI deu um salto gigantesco para encurtar essa distância com a implementação desse tipo de instrumento. 

“Na minha época de graduação, precisávamos coletar amostras em campo, pagar para um laboratório de análises físico-químicas analisar, receber o resultado depois de dias e, só então, começar a compilar e transformar em gráficos. Hoje, uma criança de nove anos faz isso em segundos no próprio local de coleta e já recebe os dados no celular. Estamos vivendo o futuro aqui e agora, na escola”, explica Felícia.   

Ciência não depende de laboratório 

O professor Allan dos Santos, da unidade SESI SENAI Lagoa, em Rondônia, destaca que o principal benefício em utilizar o aparelho é não depender de um laboratório para produzir ciência. 


“Isso ajuda a fortalecer o que sempre buscamos ensinar aos alunos, que a pesquisa científica, a ciência não é limitada aos laboratórios, nem a grandes cientistas. Se tivermos acesso a equipamentos adequados e seguirmos os procedimentos corretos podemos produzir e ver a ciência em qualquer lugar”, enfatiza.

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