A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positiva a decisão anunciada nesta quarta-feira (21) pelo governo federal de privatizar companhias estatais. A privatização é o instrumento adequado para reduzir custos e modernizar as empresas, a partir da transferência de ativos do Estado para a iniciativa privada, que é reconhecida por sua eficiência e maior capacidade do que o ente público para investimentos, gestão e governança.
Para o presidente da CNI em exercício, Antonio Carlos da Silva, a continuidade e o aprofundamento dos processos de privatizações, por meio do bem-sucedido Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), são fundamentais para impulsionar a economia brasileira e auxiliar na pavimentação de um novo ciclo de crescimento com base na expansão do investimento.
“Existe um consenso de que a solução, sobretudo para os atuais gargalos da infraestrutura do Brasil, passa, obrigatoriamente, pela expansão da participação da iniciativa privada nos investimentos e na gestão do setor”, destaca o presidente da CNI em exercício.
O anúncio feito pelo governo inclui a Companhia Docas de São Paulo, que possui problemas crônicos de baixa capacidade de investimento. Na avaliação da CNI, a solução para tornar os portos eficientes passa por um processo semelhante ao que vem ocorrendo no país com os aeroportos, que ganharam em qualidade depois de concedidos para a iniciativa privada.
O Brasil tem 134 empresas estatais federais, sendo 50% na área de infraestrutura. Uma das principais, a Eletrobras, embora não esteja na lista anunciada, também deve ser privatizada pelo governo. A CNI considera que o processo de capitalização e desestatização da empresa fundamental para que a companhia possa realizar os investimentos necessários sem as amarras do controle público e com a agilidade do setor privado.