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Potencial para energias renováveis pode alavancar economia do Nordeste, diz presidente da CNI

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 20 de junho de 2024

Ricardo Alban participou de seminário sobre a força do Nordeste, realizado pelo Correio Braziliense, onde destacou a importância da região para o desenvolvimento econômico do país


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que a Região Nordeste está diante de uma grande oportunidade de crescimento econômico a partir do seu potencial para produzir energias renováveis.

Ele participou na manhã desta quarta-feira (19) do Seminário “Banco do Nordeste - A força do Nordeste na transformação social do país”, realizado pelo jornal Correio Braziliense, em Brasília.


“A oportunidade para o Nordeste está na transição energética. O nosso Nordeste representa um potencial significativo para as energias renováveis, inclusive eólica e fotovoltaica. Essa é uma vantagem positiva para alavancar a economia da região”, destacou Alban.


“Vamos buscar as vantagens competitivas do Nordeste. Temos um projeto fantástico para o Semiárido e um enorme potencial para as energias renováveis. Esse trabalho todo pode ser feito com o Banco Nordeste e com o BNDES”, acrescentou o presidente da CNI.

O Nordeste responde por mais de 80% da geração eólica e solar fotovoltaica do Brasil, mas tem potencial para aumentar expressivamente essa produção, especialmente neste momento em que o país tem priorizado a transição energética.

O programa Nova Indústria Brasil (NIB) prevê R$ 300 bilhões em investimentos para a neoindustrialização, com prioridades para medidas como o financiamento de soluções tecnológicas para reduzir as emissões de carbono, o desenvolvimento de biocombustíveis, a geração de energias renováveis, além da produção de bioprodutos e bioinsumos a partir de fontes renováveis.

Para Alban, o fortalecimento da indústria brasileira impulsionará o desenvolvimento do Nordeste. “Não conheço nenhum país que garantiu um desenvolvimento econômico sustentável sem uma indústria forte. O maior exemplo recente que temos da história da civilização se chama China, que não teria hoje uma classe média maior que a população norte-americana se não fosse a indústria”, disse.

“E a melhor forma de termos um desenvolvimento social seguro e sustentável é com a economia crescendo”, completou.

Nesse sentido, o presidente da CNI alertou para a importância estratégica de bancos de fomento intermediarem financiamentos para a expansão da indústria e da transição energética. “O setor financeiro precisa voltar ao conceito básico de intermediação financeira”, pontuou o empresário baiano.

Nordeste como motor para a energia renovável

Estudo da CNI mostra que a estimativa global é de que 260 GW podem ser gerados até 2030 por eólicas offshore, elevando o total de instalações para 316 GW ao final desta década. Para isso, estão previstos investimentos na ordem de US$ 1 trilhão.

Os números globais ainda não repercutiram no Brasil, cujo aproveitamento do potencial energético offshore, de cerca de 700 GW (3,6 vezes a capacidade de energia já instalada no país), segue inexplorado.

A CNI mapeou uma faixa costeira e identificou as regiões com maiores oportunidades de exploração. No Nordeste, é observada uma grande área de viabilidade na costa entre o estado do Piauí, do Ceará e no Rio Grande do Norte.

Veja a íntegra do estudo:

Economia de Baixo Carbono.pdf(7,7 MB)

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