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Presidente da FIEP discute relações trabalhistas em Brasília

Por Sueli de Sá - Brasília - Publicado 18 de novembro de 2009

Francisco Gadelha (foto ao lado) abriu o debate da Sessão Temática sobre Relações Trabalhistas e Sin

Dentro da programação do 4º Encontro Nacional da Indústria, as Sessões Temáticas tiveram um papel essencial nas discussões e elaboração das propostas que irão compor a Carta da Indústrria - documento que será entregue ao Governo Federal ao final do evento nesta quarta-feira, dia 18. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba - FIEP, Francisco Gadelha, que também preside o Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria - CNI, foi o moderador do a Sessão Temática sobre Relçaoes Trabalhistas e Sindicais realizada ontem (/11).

Francisco Gadelha (foto ao lado) abriu o debate apresentando uma pesquisa de opinião realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com sindicatos, federações e associações setoriais da indústria sobre o tema Relações do Trabalho revelou que a principal preocupação das empresas é a questão dos encargos sociais. Os dados, distribuídos com todos os participantes do debate da Sessão Temática de Relações Trabalhistas e Sindicais, mostram que o custo mensal das empresas com cada empregado é de aproximadamente um salário extra. “Isso desestimula a geração de empregos e o aumento dos salários”, cita o boletim.

A Sessão Temática sobre Relações Trabalhistas e Sindicais foi uma das mais concorridas e lotou o auditório. O debate levantou questões polêmicas que atualmente estão estimulando discussões quanto a relação empregado e empregador, como por exemplo, a Redução da Jornada de Trabalho. 

Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), José Pastore, a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas e o aumento da hora extra de 50% para 75%, se aprovadas, elevarão o custo da mão de obra em cerca de 50%, com sérios impactos na competitividade da indústria. “O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fez um levantamento que, levando em conta apenas a produtividade das empresas, mostra que essa redução da jornada elevaria o custo da produção em 1,99%. Esse custo poderá traçar o destino de uma empresa entre permanecer ou sair do mercado”, avalia Pastore.

O representante do grupo Votorantim, Antônio Daniel de Almeida Violante, exemplificou que para manter a competitividade e fixar o trabalhador foi preciso oferecer planos de assistência médica suplementar e previdência privada. “Ou seja, estamos pagando duplamente”, avalia Violante.

 
Para ele, a nossa legislação é um grande problema para os empregadores. Enquanto as empresas se modernizam e buscam a inovação a legislação trabalhista é desatualizada. “A justiça interpreta a lei. Porque a lei não se modifica e se moderniza?”, indaga. Além do professor da USP e do executivo do grupo Votorantim, também participou do debate o ministro corregedor geral da Justiça do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula. Fonte: CNI
 
Crédito/Foto: Sueli de Sá

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