O presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), Edmundo Barbosa, esteve presente, na manhã desta terça-feira (8), na cerimônia de sanção do Projeto de Lei 528/2020, conhecido como " Combustível do Futuro", realizado na base aérea de Brasília, durante a feira Liderança Verde Brasil Expo.

“Hoje, temos a honra de testemunhar um marco significativo na economia brasileira com a sanção do marco regulatório do ‘Combustível do Futuro’. Este projeto coloca o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável, consolidando o protagonismo dos nossos produtores de etanol e biocombustíveis. Através dessa medida, não apenas reforçamos a importância desses combustíveis renováveis no cenário energético global, mas, também, incentivamos o crescimento de uma bioeconomia robusta, que terá impactos diretos na criação de novos empregos e na melhoria da qualidade de vida nas cidades”, afirmou Barbosa.

Segundo o presidente do Sindalcool-PB, o novo marco regulatório contribuirá para a competitividade do Brasil no cenário internacional, ao alinhar a política energética do país com os desafios e oportunidades da economia verde global.

“A bioeconomia brasileira, com seu vasto potencial, se tornará um pilar ainda mais forte no desenvolvimento econômico do país, impactando diretamente o bem-estar da população e a sustentabilidade das cidades. A mobilidade de baixo carbono é hoje vanguarda e exemplo para o mundo através do acordo da indústria”, concluiu.

Combustível do Futuro amplia o uso do etanol

O projeto “Combustível do Futuro” prevê a ampliação do limite máximo de mistura de etanol na gasolina de 27% para 35%. Essa medida faz parte de uma estratégia para elevar a octanagem dos combustíveis brasileiros, estimulando um novo ciclo de aprimoramentos nos motores de combustão interna.

Além disso, o aumento do percentual de etanol contribui para reduzir o preço da gasolina ao consumidor e para a redução das emissões de carbono, ao aumentar a fração renovável na composição do combustível.

Atualmente, cerca de 85% da frota nacional de veículos leves é composta por modelos flex, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o que reforça o impacto positivo da medida no mercado internos.

Sobre o Combustível do Futuro

De acordo com o Ministério de Minas e Energia do Brasil, o “Combustível do Futuro” é considerado o maior programa de descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade do mundo. O Brasil já é um dos líderes na produção de biocombustíveis no mundo e o programa posiciona o país na liderança para uma transição energética justa, equilibrada e inclusiva.

O programa ainda  visa aliar ainda mais a agricultura ao setor de biocombustíveis. Cria uma série de iniciativas de fomento à descarbonização, mobilidade sustentável e transição energética no Brasil. É a porta de entrada para o Combustível Sustentável de Aviação (SAF – Sustainable Aviation Fuel –, na sigla em inglês) e Diesel Verde na matriz energética do país. Também Cria o marco regulatório para o CCS (Captura e Estocagem geológica de CO2) e para os Combustíveis Sintéticos.